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A prévia do PT para escolher o candidato a governador é uma confissão da própria dificuldade do partido com o governo atual. Esta é a opinião do ex-governador Antônio Britto manifestada na tarde desta segunda-feira, dia 18, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter.
Britto diz que respeita a escolha do partido e a forma como chegou ao resultado, mas entende que o pleito não passa de uma estratégia do PT para tentar disfarçar a relação da nova candidatura com o governo atual.
– O PT decidiu se somar ao Rio Grande do Sul. O Estado inteiro já não gostava do governo do PT. O partido agora se aproximou da opinião de todos os gaúchos e de forma inequívoca não preferiu a candidatura do atual governador.
Para ex-governador, a escolha de Tarso é uma confissão da própria dificuldade do PT em relação ao seu governo. Segundo Britto, o governo foi tão mal que nem o próprio PT considera a possibilidade de conseguir outro mandato defendendo-o.
Britto fez questão de ressaltar, entretanto, que o "fracasso" da atual administração não foi culpa exclusiva do governador Olívio Dutra, e sim de todo o partido, que agora tenta se dissociar dele elegendo Tarso como candidato. O ex-governador disse ter certeza de que a população gaúcha não vai separar a imagem do atual governo da imagem do candidato petista.
– Olívio foi impedido de sequer disputar a reeleição. E ele não foi impedido pelos seus opositores, foi impedido pelos seus companheiros. Esse fracasso do governo do PT tem que levar a uma reflexão. Não basta ganhar uma eleição. É preciso ganhar governando.
Em relação à possibilidade de concorrer ao governo pelo PPS, Britto disse estar mais preocupado em formar uma coalizão com as oposições e admitiu que para fazer isso não pode pensar em ser candidato no momento.
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