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O ministro da Saúde, Barjas Negri, informou nessa quinta-feira, dia 14, que a empresa Fence Consultoria Empresarial, do Rio, foi contratada há mais de um ano para rastrear possíveis grampos telefônicos no prédio do Ministério. Ele negou, contudo, a acusação de que a Fence tenha sido usada para fazer escuta telefônica no escritório da Lunus, empresa da governadora do Maranhão, Rosena Sarney (PFL), e de seu marido, Jorge Murad:
– Isso não procede. O Ministério da Saúde está trabalhando e não tem envolvimento eleitoral.
Ele disse ainda que está disposto a ir ao Congresso para dar todos os esclarecimentos sobre a contratação da empresa. Segundo o ministro, a Fence foi contratada porque era necessário proteger técnicos e secretários envolvidos em negociações importantes para a área de medicamentos, como a quebra de patentes e o combate ao tabagismo. A Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma) distribuiu nota dizendo-se “surpresa” com as declarações do ministro.
A entidade ressalta que “todas as negociações de preços de produtos patenteados chegaram a termos satisfatórios para o ministério com acordo entre as partes”. A Abifarma também se declarou preocupada com as suspeitas levantadas contra as empresas que negociaram com o Ministério da Saúde. Barjas Negri disse ainda que a Fence assinou contratos semelhantes com “quatro ou cinco” outros órgãos públicos federais, como o Ministério dos Esportes e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que ter assinado um contrato visando a “prestação de serviços no sistema de comunicação” do tribunal. De acordo com Negri, antes de contratar a empresa o ministério consultou a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Informação , mas os dois órgãos responderam que teriam condições de fazer a varredura uma vez por ano ou, no máximo, a cada seis meses. Segundo o ministro, essa periodicidade era insuficiente para o ministério.
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