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A governadora do Maranhão e pré-candidata à Presidência pelo PFL, Roseana Sarney, disse nessa quinta-feira,dia 7, que espera novos ataques do PSDB e de seu adversário na campanha eleitoral, o senador tucano José Serra. Mesmo medindo as palavras ao falar sobre as suspeitas de irregularidades envolvendo sua empresa, a Lunus Serviços e Participações, ela disse que não há crime nenhum no fato de cerca de R$ 1,3 milhão estarem guardados no caixa-forte da firma.
– A empresa vai explicar ao órgão competente, mas não é crime nem é proibido ter dinheiro em caixa – declarou.
Cautelosa, Roseana evitou fazer críticas diretas a Serra e ao presidente Fernando Henrique Cardoso. E não quis descartar uma eventual aliança com o PSDB no segundo turno da eleição:
– Essa avaliação terá de ser feita a longo prazo.
Nas reuniões que teve terça, dia 5, e quarta-feiras, 6, com a bancada federal do PFL, ela chegou a dizer que não aceitaria uma coligação com os tucanos nem no segundo turno. Ontem, Roseana pediu “respeito” do governo federal, mas esquivou-se de qualificar Serra como um integrante da chamada “banda irada” do PSDB”, expressão usada por ela no último domingo.
– Não vou tratar disso – afirmou taxativamente.
No fim de semana, no entanto, ela chegou a dizer que parte do PSDB havia armado a operação de busca e apreensão comanda pela PF em sua empresa para destruir sua candidatura à Presidência. A governadora disse que tentaria convencer seu pai, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AM), a recuar da decisão de fazer um discurso atacando o presidente Fernando Henrique.
– Vou tentar dissuadi-lo – declarou ela, após reunir-se com a executiva na qual foi manifestado o rompimento do PFL com o governo federal.
Ela disse ainda que vai exigir a conclusão das investigações sobre o suposto envolvimento da Lunus nas fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Mas disse que caberá à Justiça tomar as decisões que julgar necessárias. Ontem, Roseana obteve uma vitória.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) avocou para si o processo criminal sobre as fraudes na Sudam, que estava sendo conduzido pela Justiça Federal de Tocantins. A partir de 6 de abril, quando Roseana renunciar ao mandato de governadora para concorrer, perderá direito ao foro privilegiado no STJ. Como voltará a ser cidadã comum, o processo retornará para a Justiça Federal de Tocantins.
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