| 03/03/2002 14h31min
A presidenciável e governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), defende que seu partido deixe o governo em resposta à ação da Polícia Federal (PF) no escritório de seu marido, Jorge Murad. Na última sexta-feira, dia 1º, em cumprimento a decisão judicial, a PF apreendeu documentos na sede da empresa Lunus, em São Luís, no Maranhão. A investigação é sobre projetos fraudados da extinta Sudam.
Roseana defende que o PFL deixe todos os cargos no governo federal. Apesar disso, a cúpula do partido ainda não fala em rompimento. O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, divulgou nota considerando a operação uma invasão armada ocorrida com evidente intuito político de prejudicar a imagem da governadora. Já o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, negou qualquer tipo de perseguição política reafirmando que a Polícia Federal cumpriu o seu papel e seguiu ordens da Justiça Federal.
O juiz federal do Maranhão José Carlos Madeira afirmou ter recebido ligações de Roseana Sarney pedindo para que interviesse na operação da PF no escritório da Lunus. A assessoria de imprensa da governadora confirmou as ligações. O propósito seria obter esclarecimentos sobre o que teria motivado a ação.
Segundo documentos publicados pela revista Época, a governadora do Maranhão é sócia do marido, Jorge Murad, no Escritório Lunus. No registro da nona alteração contratual da empresa, feito em 1999 na Junta Comercial, constam como sócios Roseana Sarney Murad, Jorge Francisco Murad Júnior e um terceiro nome. Severino Francisco Cabral, porém, possuía apenas 0,23% das cotas da Lunus.
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