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Mais de 86 mil argentinos abandonaram o país entre janeiro de 2001 e janeiro de 2002, superando o número de exilados da época da ditadura (1976-1983), informou o jornal Buenos Aires Económico. A análise aponta “o maior êxodo de argentinos da história”, que vem acontecendo desde o início da recessão econômica, em meados de 1998, e se agravou com as restrições financeiras do corralito vigente há quase três meses. Foram usados como base os números da Direção-Geral das Migrações sobre entradas e saídas de cidadãos argentinos do país.
Enquanto cerca de 70 mil pessoas deixaram a Argentina em todo o período dos governos militares, o número dos que saíram nos 12 meses anteriores a janeiro de 2002 superou as entradas em 86.078 pessoas. De acordo com o jornal, antes do início da recessão que a Argentina enfrenta há quase quatro anos, havia 600 mil argentinos residentes no Exterior. Em janeiro passado, já eram 770 mil, o equivalente a 2,5% da população do país. Dos 170 mil argentinos que deixaram o país e não regressaram, buscando oportunidades de trabalho ou melhores condições de vida, 140 mil saíram entre 2000 e o primeiro mês de 2002.
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