Cerca de mil produtores rurais protestaram nesta quarta-feira, dia 27, em São Miguel do Oeste pedindo auxílio do governo para minimizar os prejuízos causados pela seca na região. Entre os tópicos solicitados estão o seguro agrícola, o crédito de 12 salários a fundo perdido e a prorrogação das dívidas. Um documento foi entregue na agência do Banco do Brasil, que foi fechada por cerca de 10 minutos.

Em Brasília, uma comissão formada por prefeitos e agricultores teve audiência com o Ministro de Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann. Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Santa Catarina, Maurício Sobzack, os únicos avanços foram a prorrogação das dívidas já vencidas e garantia de liberação de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), no valor de R$ 380 milhões. A anistia das dívidas e o crédito de emergência foram descartados.

Outra fonte de recursos pode ser o Ministério da Integração Nacional. De acordo com o senador catarinense Casildo Maldaner (PMDB), o ministério deve liberar nos próximos dias R$ 23,2 milhões para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Cerca de R$ 10 milhões são recursos atrasados referentes a prejuízos causados por enchentes e granizo, onde cerca de 20 municípios do oeste catarinense estão incluídos. Outros R$ 13,2 milhões são da bolsa estiagem do ministério, para os dois Estados. Cada família deve receber R$ 120, divididos em duas parcelas.