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Com a saída do ministro José Serra da pasta da Saúde, o presidente Fernando Henrique Cardoso dá início à última reforma ministerial de seu governo. Dos 22 ministros, nove já decidiram que deixarão a Esplanada até o dia 6 de abril, prazo final para se desincompatilizar de seus cargos.
Nessa quarta, dia 20, numa cerimônia fechada, o presidente assinou o decreto de nomeação do secretário-executivo do ministério da Saúde, Barjas Negri, no lugar de José Serra, candidato do PSDB à Presidência. Serra reassume sua cadeira no Senado na segunda-feira, dia 25, e transmite o cargo a Negri na tarde desta quinta-feira, dia 21, numa solenidade no Centro Cultural Banco do Brasil.
As baixas no governo diminuíram depois que FH apelou ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, para que desistisse da candidatura ao Senado por São Paulo. O ministro da Educação voltará a ocupar um posto no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, a partir do próximo ano. No final da tarde de ontem, FH determinou ao porta-voz, Alexandre Parola, que anunciasse o pedido do presidente para que o ministro permanecesse no cargo até dezembro. Segundo ele, FH considera a “obra realizada por Paulo Renato de grande alcance”.
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, candidato do PPB à Presidência da República, é outro que deverá abandonar a candidatura e permanecer no governo. Já o ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, ainda não bateu o martelo sobre a candidatura ao governo da Paraíba. As vagas dos ministros que deixarem o governo serão ocupadas, em sua maioria, por técnicos. É o caso do Ministério da Saúde que, a partir de hoje, terá como titular Negri.
Depois de Serra, o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, será o próximo a deixar o governo. A amigos, Sarney Filho confidenciou que pretende deixar o ministério antes do dia 6 de abril para evitar constrangimentos ao governo com a candidatura à Presidência da República de sua irmã, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL). No quebra-cabeça da reforma ministerial, FH deverá remover o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, para a pasta da Previdência.
O ministério é hoje ocupado pelo pefelista Roberto Brant, que ainda não decidiu se será candidato a deputado federal ou ao governo de Minas Gerais. O presidente terá de escolher substitutos para as pastas do Esporte e Turismo, Desenvolvimento Agrário, Comunicações, Trabalho e Emprego, Justiça e Secretaria-geral da Presidência, além da Previdência, da Saúde e do Meio Ambiente.
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