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 | 18/02/2002 21h46min

Mercosul pede que FMI apóie Argentina

Presidentes de países do bloco divulgaram declaração conjunta após reunião realizada nesta segunda

Reunidos numa Argentina sacudida por panelaços, bloqueios de estradas e quebra-quebra de bancos, os presidentes dos países do Mercosul fizeram nesta segunda-feira um apelo ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai e os membros associados, Chile e Bolívia, pediram que o Fundo compreenda a situação complexa vivida pela Argentina e aceite sua política econômica como único caminho para o crescimento do país, por meio de um plano sustentável.

Mais do que os destinos do bloco econômico, os presidentes procuram, com o apoio ao governo argentino, preservar a democracia no país e evitar que a crise chegue a seus próprios territórios. O pedido ao FMI consta em declaração conjunta divulgada à tarde, ao final da reunião de cúpula do Mercosul realizada na residência oficial do dirigente argentino, Eduardo Duhalde, em Olivos, periferia da capital.

Os cinco países "pedem aos organismos multilaterais de crédito que compreendam a situação complexa da Argentina, e avaliem que o apoio que este país solicita está vinculado a políticas internas que permitirão o crescimento econômico, única forma de tornar as mesmas sustentáveis", diz a declaração.

Os dirigentes manifestam ainda "solidaridade com o presidente Eduardo Duhalde e o governo da Argentina na crise econômica e social que o país atravessa". A declaração foi firmada pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso (Brasil), Jorge Quiroga (Bolívia), Ricardo Lagos (Chile), Luis González Macchi (Paraguai), Jorge Batlle (Uruguai).

 
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