Cristiane Bazílio e José Augusto Barros  |  cristiane.bazilio@diariogaucho.com.br e jose.barros@diariogaucho.com.br

Pelo Pampa afora, falar em 20 de Setembro logo remete ao Acampamento Farroupilha. Local típico e símbolo da confraternização gaúcha, reúne amigos que botam aquela costela para assar na brasa e dividem o chimarrão nos mais variados piquetes, celebrando, com orgulho, as raízes do seu povo.

Retratos da Fama visitou o reduto de gaudérios que recebe grandes nomes da nossa música, independentemente do gênero, além de belíssimas mulheres, que cultivam a tradição nos hábitos e na pilcha. Confira as belas e as feras que passam por lá neste mês louco de especial para os gaúchos!

- As belas

Aline de Azevedo Silveira Schimit
23 anos, casada, jornalista, de Porto Alegre

- Desde criança, vivo a tradição com toda a família: os cavalos, que são a minha maior paixão, os bailes, as músicas gaúchas, o desfile de 20 de Setembro, do qual participo todos anos. O tradicionalismo faz parte da minha vida diariamente, não só nesta época. O Acampamento é um lugar para reunir os amigos que gostam disto, que cultivam estes costumes.

Satie Pedrozo de Souza
23 anos, casada, vendedora, de Porto Alegre

- Os festejos da Semana Farroupilha representam a alegria de ser gaúcha e de pertencer ao povo mais tradicionalista e cultivador de costumes do país. Há quatro anos, frequento o Acampamento e, de 1º a 20 de setembro, visto a camiseta.

Carla Cabalheiro
28 anos, solteira, técnica ambiental, de Porto Alegre

- Minha família tem piquete no Acampamento Farroupilha, então, frequento desde pequena. Tenho cavalo e desfilo todos anos. O Acampamento é bem diferente de antigamente, quando era mais tradição, mais família. Hoje, é muito mais festa e comércio. Mas é um lugar para confraternizar com as pessoas que cultivam a tradição.

Eduarda Marques
20 anos, solteira, telefonista, de Porto Alegre

- Sou a única da minha família que tem o costume tradicionalista. Aos 14 anos, comecei a ir a bailes e, hoje, desfilo e frequento o Acampamento. Vivo tudo isto. Esta época representa o sentimento de um gaúcho de verdade, é uma oportunidade de mostrar ao mundo a nossa cultura.

Shana Müller

- A Casa do Alegrete (um dos piquetes do Acampamento) é meu lugar aqui. É um ponto de encontro de pessoas que moram fora do Alegrete. Embora eu não tenha nascido lá, me sinto alegretense, pois foi uma das cidades que morei mais tempo, cerca de dez anos. Sempre tenho boas lembranças de lá.

- As feras

Luiz Carlos Borges

- O Acampamento Farroupilha me remete ao tempo em que comecei como músico, quando fazia parte do conjunto Irmãos Borges. O forte era o mês de setembro e, claro, aqui no Acampamento. É um resgate do que se prega dentro do tradicionalismo, um resgate da nossa tradição, que deve continuar.

César Oliveira & Rogério Melo

- Vir ao Acampamento é como voltar para a infância, quando morava em São Gabriel. Sempre fui ligado nisto. É como se fosse verão, quando as pessoas só pensam em ir pra praia no fim de semana. Setembro, para os gaúchos, é mais ou menos isto, só se pensa no Acampamento. (César Oliveira)

- Foi onde tudo começou: a nossa amizade, os shows nos piquetes e a nossa ligação com a música! (Rogério Melo)

Grupo Favela Social

- A minha família cultiva as tradições gaúchas há anos, temos um piquete (Mouro Velho). E acabei incorporando isto. Tiramos inspirações da Semana Farroupilha e do evento para composições das nossas músicas. (Danilo)

DIÁRIO GAÚCHO