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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou nesta terça, dia 25, em conversa com sindicalistas que o governo deverá manter as taxas de juros elevadas até que as reformas previdenciária e tributária sejam aprovadas no Congresso. A queda depende ainda da melhora do cenário externo. A informação foi dada pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, após encontro com o ministro Palocci realizado no Palácio do Planalto. Felício estava acompanhado do presidente do PSTU, José Maria de Almeida, que faz parte da diretoria da central.
Segundo Felício, como o governo espera votar as duas reformas até o final do ano, a mudança no modelo econômico e a queda dos juros poderiam ser vislumbradas apenas partir do ano que vem. Apesar de amargo, o remédio é considerado fundamental para a saúde financeira do país. Durante a conversa, Palocci fez, no entanto, um alerta. Em caso de guerra entre os Estados Unidos e o Iraque, novas medidas duras deverão ser adotadas para evitar um desequilíbrio econômico.
O presidente da CUT esteve por cerca de quatro horas no Palácio do Planalto, onde reuniu-se não apenas com Palocci, mas também com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No encontro, o presidente Lula reiterou a intenção do governo de enviar ao Congresso, ao mesmo tempo, as propostas da reformas previdenciária e tributária. E sinalizou, de acordo com o sindicalista, que a votação do projeto de lei número 9 (PL-9), que fixa o teto de aposentadoria e permite a criação do fundo de pensão para o funcionalismo público, deverá ser iniciada logo após o Carnaval.
Ao comentar as divergências sobre a reforma, Lula teria dito estar em busca do consenso mas, se não for possível, contará com a maioria no Legislativo para fazer as mudanças no setor. Na tentativa de reduzir as divergências sobre o tema, CUT e governo formaram uma comissão para discutir alternativas ao PL-9
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