A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão
A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão é uma adaptação da obra de Josué Guimarães e tem como cenário histórico a chegada dos imigrantes alemães em São Leopoldo, em 1824. É uma trama de amor, ódio e vingança. O escritor gaúcho planejou uma trilogia que ficou inacabada com a sua morte. O roteiro foi escrito por Nelson Nadotti:
- Apesar de se tratar de um romance épico, o A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão não usa os grandes eventos e personagens históricos, e sim os anônimos europeus que fizeram de fato a transformação do Rio Grande numa terra de muitas culturas. A trama é contada pelo lado particular, familiar, íntimo, o que se traduz em muitas cenas de olho no olho. Claro que a adaptação manteve cenas como o ataque das tropas castelhanas ao sítio alemão isolado no pampa - mas os melhores momentos se dão mesmo quando os protagonistas simplesmente se enfrentam ou se amam.
O elenco e equipe técnica são todos do Rio Grande do Sul, com direção de Gilberto Perin:
- Direcionei a interpretação do elenco, mantendo o clima de familiaridade com o tempo e espaço em que vivem os personagens. Também por opção, decidimos que os personagens não falariam com sotaque. Assim, os conflitos se tornam o centro da atenção e não a forma como os atores falam, dando universalidade à trama proposta por Josué Guimarães.
Para contextualizar a história, foram feitas pesquisas sobre a colonização germânica no Rio Grande do Sul, buscando referências sobre os costumes, a arquitetura, as vestimentas, as comidas típicas, as principais ocupações, entre outros aspectos relevantes para a construção do cenário histórico.
No elenco estão: Larissa Maciel, Marcos Verza, Evandro Soldatelli, Elisa Volpato, Alexandre Cardoso, João Diemer, Nelson Diniz, Marcelo Aquino, Rafael Sieg, Hique Gomez, Fábio Rangel, Jorge Júnior e Marcos Guarani.
Trilha sonora original de Jean Presser e fotografia de Maurício Borges de Medeiros. Arte de Gilka Vargas e Iara Noemi, com figurinos de Coca Serpa. Produção de Gina O’Donnell. Produção executiva de Zanza Pereira. Realização da RBS TV.
Com uma equipe de 120 profissionais, as gravações foram realizadas de 24 de agosto a 19 de setembro deste ano em Gravataí e Viamão. Foram gravadas cenas adicionais em São Leopoldo, Porto Alegre e na Reserva do Taim.
A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão – A história
Em 1824, o governo brasileiro trouxe imigrantes da Alemanha para o Rio Grande do Sul, com a promessa de que receberiam terras, sementes, animais. Dentre os imigrantes estava Daniel Abrahão Schneider e sua família, a mulher Catarina e o filho Phillip, que foram instalados na atual cidade de São Leopoldo. Lá viviam em condições miseráveis.
O comerciante alemão Carlos Gründling, estabelecido em Porto Alegre, propos a Daniel para ele se estabelecer nas terras de uma estância na região Sul do Estado. A família ficaria responsável pelo armazenamento de mercadorias. Daniel fica indeciso e quem aceita a oferta é Catarina, pensando no futuro de sua família.
Daniel e Catarina não contavam que uma guerra estava por vir e eles encontravam-se em um ponto estratégico de passagem de tropas brasileiras e castelhanas. Com a Guerra da Cisplatina, Daniel e Catarina descobrem que as mercadorias armazenadas por eles são armas.
A partir daí, se estabelece uma relação violenta entre castelhanos, brasileiros e a família alemã, que é acusada de contrabando. Catarina passa a liderar a defesa da estância e sofre violências físicas dos soldados, enquanto seu marido fica escondido num poço. Ela jura se vingar do alemão Gründling e vai lutar para chegar esse momento.
A trilha sonora de A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão
Para a criação da trilha sonora original, assinada por Jean Presser, foram utilizadas referências de compositores como Haydn, Schumann e Beethoven. A opção foi por seguir uma linha de composição de caráter orquestral e até mesmo sinfônico em algumas cenas, que remetem a guerra, a amplidão do pampa gaúcho e a esperança de uma vida melhor dos colonos alemães no Brasil. Presser complementa:
- Por se tratar de ficção, senti a necessidade de compor todos os temas, com exceção da peça Sonata ao Luar de Beethoven, respeitando a idéia original da literatura. Procurei evitar a regionalização dos temas musicais em momentos como, por exemplo, a chegada da tropa dos castelhanos ou no ataque dos colonos alemães à casa de Carlos, a fim de ter uma trilha homogênea em estilo e instrumentação, privilegiando assim a dramatização sem estereótipos.
O autor de A Ferro e Fogo - Tempo de Solidão
Josué Marques Guimarães nasceu em São Jerônimo (RS), em sete de janeiro de 1921. Em 1939, vai para o Rio de Janeiro onde, no Correio da Manhã, inicia-se na profissão de jornalista, que exerceria até o final da sua vida. Trabalhou em inúmeras funções, de repórter a diretor de jornal, passando por secretário de redação, colunista, comentarista, cronista, editorialista, ilustrador, diagramador e repórter político. Também foi vereador e perseguido pelo regime militar.
19 de novembro - Amor, ódio e vingança no segundo capítulo
O comerciante alemão Carlos Gründling conhece Sofia, uma jovem que foi abusada por castelhanos. Em consideração ao pedido do Dr. Hillebrand, médico de São Leopoldo, Gründling resolve abrigar a alemã em sua casa e cuidá-la como se fosse uma afilhada. O que Carlos não esperava é que uma grande paixão surgiria entre os dois e que Sofia mudará definitivamente a vida dele.
Enquanto isso, no Chuí, Catarina Schneider lidera a defesa de sua estância e sofre violências físicas dos soldados. Jurado de morte, o seu marido, Daniel Schneider, é obrigado a continuar escondido no poço. Catarina planeja se vingar de Carlos Gründling, responsável por sua família ter ido para um ponto estratégico de passagem de tropas brasileiras e castelhanas, sem saber que as mercadorias que recebiam eram armas contrabandeadas.
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