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 | 05/12/2001 22h26min

Grêmio leva 3 a 0 do Atlético-MG e está fora da competição

Fim de linha. Nesta quarta-feira, o Grêmio, última equipe gaúcha com chances de chegar ao título do Brasileirão 2001, deu adeus à competição e ao sonho de alcançar o tricampeonato. Jogando no Mineirão, diante de uma torcida adversária superior a 70 mil pessoas, o tricolor perdeu para o Atlético-MG por 3 a 0 nas quartas-de-final. A eliminação encerrou uma temporada bem-sucedida, pontuada pelas conquistas do Campeonato Gaúcho e da Copa do Brasil no primeiro semestre, e que não teve o mesmo brilho nos últimos seis meses – além de se despedir do torneio nacional, o time comandado por Tite foi parado pelo Flamengo nas semifinais da Copa Mercosul há poucos dias.

Depois de perder para o Atlético-MG na penúltima rodada da fase classificatória, o Grêmio voltou a cair diante dos mineiros, cuja vitória foi incontestável. É verdade que, desta vez, Tite teve à disposição uma equipe muito próxima daquela que levantou taças na primeira metade do ano, com Tinga e Zinho no meio-campo, e Luís Mário e Fábio Baiano no ataque. Mas, contra si, o time da Azenha teve a falta de ritmo de jogadores que retornaram recentemente de lesão, como foi o caso de Tinga, Zinho e do lateral Anderson Lima. Tinga, consagrado como o “motorzinho” do time por seu ímpeto em atacar e pela sua competência em marcar, esteve inseguro, impreciso, marcou muitas faltas. Lima também apresentou um futebol apagado e acabou saindo no segundo tempo.

Esse espírito tomou conta do Grêmio em campo. Diferente daquela equipe competitiva e quase imbatível, capaz de virar placares adversos como fez contra o São Paulo nas finais da Copa do Brasil, no Morumbi, o tricolor foi irreconhecível nos 45 minutos finais, quando o Atlético marcou todos os seus gols. A primeira etapa foi equilibrada, é certo, com oportunidades iguais para cada lado. Porém, na volta do vestiário, os donos da casa vieram com ímpeto de sobra para chegar às semifinais. E assim o fizeram.

Os gaúchos sentiram o baque do primeiro gol e não conseguiram se aprumar. Logo aos cinco minutos, Ramón passou por Tinga e invadiu a área pela esquerda. Marinho tentou o desarme por trás e calçou o pé do atacante: pênalti. Guilherme cobrou no canto direito de Danrlei e inaugurou o placar, iniciando o suplício gremista. Naquele momento, o Grêmio teria que marcar dois gols para buscar a vaga – o empate era favorável ao Atlético, de melhor campanha no campeonato.

A partir desse momento, o predomínio atleticano tornou-se evidente. Enquanto o tricolor se jogou ao ataque, intranqüilo, os mineiros tocaram a bola, se aproveitando dos espaços abertos na defesa adversária em rápidos contragolpes. Pelo menos nesta quarta à noite, a solidez defensiva engendrada por Tite ao longo do ano esteve longe do gramado. Assim, ao natural, a equipe de Marques chegou ao segundo gol: aos 17 minutos, Mauro Galvão, que havia entrado no lugar de Emerson, perdeu a bola no meio-campo e permitiu o ataque. Em rápida troca de passes, Cicinho, Cleison e ele, Marques, se atiraram em direção à meta de Danrlei. Marques driblou o goleiro do Grêmio e estufou a rede, praticamente liquidando a fatura.

O tricolor não tinha futebol para buscar o empate e levar a tudo para a prorrogação. E acabou sofrendo outro gol, aos 37, em um lance tramado pelo veterano Valdo, 37 anos, ironicamente criado no Estádio Olímpico. O volante enxergou Guilherme que, no segundo pau, empurrou com o peito para dentro. Era o fim da temporada para o Grêmio. Agora, com Tite de contrato recém renovado, os gaúchos se concentram na disputa da Libertadores em 2002.

ALESSANDRO REIS
 
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