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 | 06/04/2004 21h11min

Márcio Rezende reconhece que errou ao anular gol

Árbitro revelou não ter visto buraco na rede no Índio Condá

O árbitro mineiro Márcio Rezende Freitas reconheceu que errou ao anular o gol do atacante Vagner, da Chapecoense, na partida do último domingo contra o Figueirense. O jogo terminou com o placar de 5 a 1 para a equipe de Chapecó, contudo o gol pode fazer falta para o time do oeste caso haja empate em pontos ao fim do quadrangular final e o título estadual tenha que ser decidido no saldo de gols.

Rezende disse que sua decisão foi tomada com base nas informações dadas pelo assistente Fernando Lopes, que na hora do gol estava em posição mais privilegiada.

– Foi um erro que cometemos e sei que isso é inadmissível. O problema é que o meu auxiliar ficou parado no momento do gol. Assim as duas equipes foram para cima dele. A minha preocupação foi afastá-los da confusão para depois decidir – afirmou.

O árbitro da Fifa reconhece também que não viu qualquer buraco na rede por onde a bola poderia ter passado.

– Quis apenas resguardar a integridade física do meu assistente – disse.

De acordo com Rezende, a posição em que ele estava dentro de campo quando saiu o gol de Vagner não era muito favorável e, por este motivo, a decisão precisou ser tomada em conjunto.

– Se eu tivesse convicção de que o gol era legal teria corrido para o centro do campo. Tive dúvida naquele momento porque estava na diagonal do lance e me pautei pelo assistente – contou.

Ele ressaltou que esse foi o segundo jogo que os dois árbitros trabalharam juntos. O primeiro foi na partida entre Chapecoense e Avaí, pela primeira fase, em Chapecó. Sobre supostas irregularidades na fixação das redes das goleiras do Estádio Regional Índio Condá, o árbitro admite não ter conferido como deveria.

– Se havia alguma irregularidade eu não vi – revelou. Rezende disse ainda que o caso, apesar de insólito, não manchará o seu currículo como árbitro de futebol.

– Já vivi experiências deste tipo. Infelizmente as pessoas se lembram apenas das coisas ruins. Fiquei marcado na decisão do Brasileiro de 1995 entre Santos e Botafogo quando aconteceu a mesma coisa, mas até hoje poucos lembram quem era o assistente que anulou o lance – destacou.

As informações são do Diário Catarinense.

 
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