A situação tranqüila na tabela do Brasileirão e a ausência de pressão por resultados imediatos não foram suficientes para evitar que o clima esquentasse no treino do Figueirense, na tarde desta terça, dia 7, no Orlando Scarpelli. Após um lance ríspido, mas até certo ponto normal no futebol, os meias Bilú e Luciano Sorriso trocaram agressões no gramado, sob o olhar atônito do resto da equipe, da comissão técnica, da torcida e da imprensa.

O episódio ocorreu logo nos primeiros cinco minutos do coletivo, em um contra-ataque do time reserva, puxado por Sorriso. Bilu, que treinava entre os titulares, correu atrás do adversário e os dois atravessaram a intermediária lutando pela posse da bola, lado a lado.

A jogada parou com agarrões mútuos de camisa. Foi uma disputa dura, mas nada muito espetacular para um esporte de choque constante. O inusitado ocorreu depois que a bola parou: Bilú partiu para cima de Sorriso e acertou um soco certeiro, no rosto do companheiro.

Ato contínuo, o técnico Júnior expulsou os dois do treino. Sorriso ainda chegou a protestar:

– Eu também, professor? – perguntou.

Bilú apenas virou as costas e saiu. Ambos permaneceram o resto da primeira parte do treino do lado de fora. No intervalo, Júnior chamou a dupla para o centro do gramado e promoveu a reconciliação.

Os dois trocaram um aperto de mão meio desajeitado e voltaram a participar do coletivo, novamente em lados opostos. Sorriso não quis comentar o lance, mas Bilu tratou de dar fim ao episódio.

– Pedimos desculpas, já está tudo certo – disse.

Júnior também minimizou o problema, mas deixou claro que não gostou do que viu.

– Foi um erro grave, e eles sofreram a punição: saíram do treino. Foi até importante, porque é um lance que pode ocorrer em um jogo e nós perderíamos o jogador pelo resto da partida. Acho que eles aprenderam a lição – afirmou o treinador.