Repetindo o esquema que vem funcionando nos jogos fora de casa neste Brasileirão, o técnico Dorival Júnior, agora efetivado no cargo, deve escalar apenas um atacante fixo no Figueirense na partida contra o Grêmio.

O escolhido para desempenhar a função no sábado, em Porto Alegre, não poderia ser outro: Sandro Gaúcho. Além da característica de centroavante, o jogador atravessa sua melhor fase desde que chegou em Florianópolis.

Sandro Gaúcho se apresentou no Orlando Scarpelli em 24 de julho, no encerramento do período de contratações para a temporada. Estreou contra o Goiás, em 3 de agosto. De lá para cá, o Figueira disputou 11 partidas e ele só não participou de duas – Santos e Atlético-PR.

Entrou no segundo tempo contra Corinthians, Vitória e Coritiba e jogou 90 minutos diante de Ponte Preta, São Paulo, São Caetano e Bahia. Contra o Fluminense, foi titular mas saiu na segunda etapa.

A seqüência de trabalho rendeu frutos. Nos últimos quatro compromissos do Figueirense, Sandro Gaúcho foi titular e decisivo em todos – estufando a rede adversária em três deles.

Seu primeiro gol com a camisa alvinegra saiu no empate em 2 a 2 com o São Paulo. Depois abriu o placar no 2 a 0 sobre o São Caetano. Em seguida, sofreu os dois pênaltis – cobrados por Bilu – que provocaram o empate em 2 a 2 com o Fluminense. No último domingo, fez o único gol da equipe catarinense no empate em 1 a 1 com o Bahia.

O novo artilheiro alvinegro justifica o crescimento técnico das últimas rodadas como resultado da melhor condição física e do entrosamento com o grupo.

– Quando cheguei no Figueirense, vindo do América-RN, estava saindo de uma pré-temporada e senti um pouco a carga de trabalho. Cheguei a ter dores na panturrilha. Além disso, agora eu passei a conhecer os outros jogadores. O William já sabe como vou me posicionar, eu já sei onde ele gosta de receber o passe. Facilita bastante – explica.

Apesar do bom rendimento, Sandro Gaúcho ainda está se adaptando ao isolamento no ataque.

– Facilitaria mais se tivesse outro atacante ao lado. Ajudaria a aliviar um pouco a marcação. Mas minha função é justamente segurar a bola na frente até a chegada dos meias – comenta.

MAURICIO XAVIER / DIÁRIO CATARINENSE