Se Cléber é a muralha do Figueira, Márcio Goiano é o canhão. A cobrança de falta do zagueiro, que comemora hoje seu 34º aniversário, já é uma das principais armas ofensivas do Figueirense no Brasileirão.

Oficialmente, foram apenas dois gols: um sobre o Paraná, na vitória por 4 a 2 no dia 13 de julho, e outro sobre o São Caetano, no 2 a 0 sobre o São Caetano, no último domingo.

No 1 a 0 sobre o Cruzeiro, em 5 de julho, a paternidade do único gol da partida foi para William, mas Goiano é o pai legítimo: afinal, sua cobrança apenas desviou no meia antes de entrar.

O talento na bola parada é antigo. No entanto, só foi descoberto em Florianópolis nesta temporada.

– Já cobrava faltas desde a época do Goiás, onde comecei a carreira. Aqui no Figueirense, preferi dar espaço a outros jogadores que cobravam com qualidade. Mas os técnicos que conheciam essa minha característica, como o Muricy Ramalho, o Roberval Davino, o Artur Neto, começaram a pedir para eu voltar a cobrar – contou.

Por incrível que pareça, a qualidade é pouco lapidada nos treinos.

– Não treino muito, quem costuma praticar mais são os jogadores que cobram próximo da área – diz Goiano, que revela a estratégia para surpreender com seus potentes chutes.

– Sempre chuto no canto do goleiro, para transferir a responsabilidade para ele.

Contra o São Caetano foi diferente, a bola passou por cima da barreira. A novidade até motivou uma brincadeira.

– Até brinquei com o Adhemar (jogador do Azulão): 'De tanto ver você cobrar faltas, aprendi a chutar por cima da barreira – lembrou.