Quando se fala em Roberto Carlos, são frequentes as palavras "mais" e "maior". Nenhum detalhe é tão pequeno na carreira do cantor que, ao longo de 50 anos de palco e 68 de idade, lançou 56 discos e vendeu 100 milhões de cópias.

Para quem acha que tem matemática demais nesses dados, é porque não imagina quanto número ainda será contabilizado até o show do próximo sábado, que celebrará os 30 anos do Grupo RBS em Santa Catarina.

O sucesso da carreira de Roberto Carlos não foi à toa. As cerca de 500 canções compostas ratificam a habilidade do compositor que, junto com Erasmo Carlos, formou a dupla de maior sucesso durante mais tempo de toda a história da música.

Se Roberto é sempre mais para as estatísticas e para os milhares de fãs anônimos, não é diferente para outras celebridades. Caetano Veloso, com quem o ídolo dividiu o palco em um show que celebrou meio século de bossa nova, considerou a música Quero que Vá Tudo para o Inferno “o fenômeno de massa mais intenso de sua geração”. A canção é de 1965, auge do iê-iê-iê.

Cinco anos depois, quando o Rei mostrou ao público que era cantor para além da Jovem Guarda, com Roberto Carlos a 200 Quilômetros por Hora, Nelson Motta disse que o show “trazia o maior astro pop nacional em plena fase de transformação, mais popular do que nunca, e refinado como jamais se imaginou".

Quase 20 anos mais tarde, foi a vez da irreverente Rita Lee declarar que “Roberto Carlos é um boeing no país dos teco-tecos”. A cantora se referia ao avião fretado por ele para o projeto Emoções, uma turnê que fez pelo Brasil dispondo de uma aeronave, como faziam, na época, os Rolling Stones, percorrendo a Europa.

Pelos números do mercado, elogios ou pelo carisma do cantor, motivos não faltam para Roberto Carlos ter sido o escolhido para celebrar as três décadas da RBS junto aos catarinenses. Está tudo esquematizado para a festa que contará com uma megaestrutura, digna do cantor que mais vendeu discos na América Latina.