Carinho, preocupação e atenção são as palavras de ordem do massagista do Caxias, Dauri Cruz, o Seu Edu, como é tratado pelo jogadores do time. À beira do estádio, Edu é atração da torcida cada vez que corre, a uma velocidade impressionante, para atender a um atleta caído. E é o homem que mais recebe beijos e abraços dos jogadores, dos veteranos, como Aldrovani, aos mais novos, como Dimas e Duda.

– E fica feliz quando vê que os jogadores estão bem, isso acaba cativando a todos – contou Aldrovani.

O atacante conta que Edu está sempre preocupado com os atletas, vai no quarto, telefona para saber se está tudo bem. Para o técnico José Galli Neto, é uma preocupação a menos.

– Posso confiar no trabalho dele, que está atento aos problemas dos jogadores – afirmou.

A fórmula, segundo conta o próprio massagista, é não privilegiar ninguém.

– Sirvo a todos como se fossem da minha família e tenho jogo de cintura para lidar com cada um deles – contou.

Isso tudo para um massagista que sempre foi acostumado a trabalhar com mulheres, nos times femininos de vôlei e basquete da Fundação Municipal de Esportes de Joinville. Edu trabalhou como massagista pela primeira vez na associação recreativa da Cônsul, onde atuou, segundo ele conta, de 1977 a 1991.

Lá ele cuidava dos atletas do futebol amador e acabou ganhando experiência, fazendo estágios e aprendendo com outros profissionais. Depois, trabalhou na recreativa do Sesi por três anos e chegou a voltar para a Cônsul.

O último emprego antes de chegar ao Caxias, há dois anos, foi a Fundação Municipal de Esportes, onde trabalhou na maior parte do tempo com mulheres.

Edu era o massagista de todas as modalidades da Fundação, mas se fixou mesmo acompanhando os times femininos de vôlei e basquete nos Jogos Abertos.

– Mas não diferencio os jogadores do Caxias das atletas da Fundação, trabalho com o mesmo carinho – disse.

CARLA ARGOLO/DIÁRIO CATARINENSE