Titular da camisa 1 do Grêmio desde 1993 e com 14 títulos no currículo, Danrlei (foto) já admite a possibilidade de deixar o clube no segundo semestre. Suspenso por um ano das competições organizadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e fora da partida contra o Coritiba devido ao terceiro cartão amarelo, o goleiro nem deve assistir ao jogo de domingo. Se for liberado pela direção, vai visitar familiares em Passo Fundo.

Caso o departamento jurídico do Grêmio não consiga reverter a pena, Danrlei autorizará seu empresário, Bernardo Chlaem Filho, a estudar o mercado em busca de novas oportunidades. A prioridade será por um clube europeu. Do rival do Beira-Rio, o jogador nem sequer aceita sentar para negociar. Para ele, seria um desrespeito ao tricolor gaúcho.

Na partida com o 12 de Outubro, pela Libertadores, o goleiro teria agredido o auxiliar Walter Rial no fim do jogo com um chute. O Sindicato dos Atletas do Rio Grande do Sul e a Federação Americana de Futebolistas Profissionais (FAF Pro) manifestaram apoio ao goleiro tricolor. As duas entidades, respaldadas por outras seis federações de atletas, pedem à Conmebol que revise a pena e faça um julgamento que dê ao atleta a possibilidade de defesa.

A agressão estava assinalada na súmula do árbritro, mas o goleiro garante ser inocente e diz estar sendo injustiçado pela Conmebol. Danrlei, que ganhou pelo Grêmio três Copas do Brasil (1994, 1997 e 2001), um Campeonato Brasileiro (1996) e uma Libertadores da América (1995) não está com medo de ser esquecido pelos torcedores, mesmo que fique afastado durante um ano.

O desafio durante estes 12 meses de punição é manter-se em forma até que surja uma nova chance. Até lá, Danrlei admite solicitar à comissão técnica e à direção que não o coloquem nem no banco de reservas nos jogos da Sul-Minas.

Eduardo Martini assume o posto em um jogo complicado na altitude peruana. Para a partida contra o Cienciano, em Cuzco, dia 3 de abril, Danrlei promete passar ao colega dicas e informações.

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