Esse distanciamento também se verifica em relação a outros indicadores, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Competitividade. O Brasil tem uma dívida histórica educacional com a sua população. O País ainda não colocou a Educação na mesa de prioridade dos governantes; para muitos, a Educação é gasto e não investimento. O professor no Brasil não é valorizado, o que se reflete na baixíssima atratividade da carreira. Como conseqüência o País ainda está longe de oferecer uma Educação Básica de qualidade.
As taxas de reprovação e de abandono escolar nesta etapa da Educação Básica são relativamente altas, especialmente quando comparamos com os dados de países que estão no topo da Educação mundial. Como resultado a distorção idade-série no Ensino Médio brasileiro é alta. Os jovens querem uma escola que caiba na vida e isso eles não encontram no atual Ensino Médio em nosso país.
A razão é simples: baixos salários (no Brasil, um professor ganha 40% menos em relação a outros profissionais com a mesma titulação), não há um Plano de Carreira pautado no desempenho docente em sala de aula e na sua formação continuada ao longo da vida, a formação inicial é frágil e as condições de trabalho deixam muito a desejar na maioria das escolas públicas.
A baixa atratividade pela carreira é principalmente sentida nas disciplinas da área de Exatas - matemática, química e física. O ensino da matemática não motiva os alunos e assim, eles não aprendem; ou seja, os alunos, em geral, passam pela Educação Básica sem gostar da matemática. Faltam professores em quantidade e qualidade. A aprendizagem está diretamente vinculada ao bom professor. Estudos mostram que faltam 150 mil professores no Brasil nas disciplinas de matemática, química e física. É preciso mostrar aos alunos como as equações e os teoremas da matemática dialogam com o mundo do jovem, como explicam uma série de fatos do seu cotidiano. E assim tornar o ensino da matemática mais motivador.
O Brasil tem melhorado nas séries iniciais do Ensino Fundamental, mas a partir do 1º ano do Ensino Fundamental - séries finais, ou seja, o 6º ano do Ensino Fundamental, quando se inicia a multidisciplinaridade, o efeito da qualidade docente começa a ser mais evidenciada juntando-se a isso um currículo pouco atraente. Como consequência o Brasil está estagnado, e num patamar baixo, em termos de aprendizagem escolar não só nesta etapa do Ensino Fundamental como também no Ensino Médio.
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