A Educação Precisa de Respostas | 29/01/2015 14h44min
Figura conhecida na Vigilância Sanitária de Joinville, principalmente no que diz respeito à inspeção das escolas municipais e estaduais, a fiscal Lia Abreu está afastada das funções por 60 dias. Em portaria publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial do município, a Secretaria de Gestão de Pessoas determinou o afastamento da servidora até o próximo dia 26 de março e a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar.
A acusação é de ter "supostamente promovido manifestação de desapreço no recinto da repartição, conduta escandalosa, abuso de poder e assédio moral". Apesar do afastamento dos trabalhos, Lia ainda será remunerada neste período.
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Prefeitura apenas informou que o assunto é tratado internamente e que o trabalho de fiscalização da Vigilância Sanitária continua normalmente com a atuação de outros servidores.
A reportagem fez contato na tarde desta quinta-feira com a fiscal. Lia disse ainda não ter detalhes da acusação e que procurará um advogado para formalizar sua defesa.
A Notícia - A senhora pode confirmar que episódio é mencionado na portaria?
Lia Abreu - Não sei ao que se refere, até porque assédio moral é do maior para o menor. Quanto ao abuso de poder, acredito que eles querem dizer que as interdições eram... Não tive acesso a nada, isto foi feito por pessoas do alto escalão do Estado e do município.
AN - Já houve oportunidade de manifestar defesa?
Lia - Não fui chamada nem nada, apenas disseram que vão me afastar para não prejudicar o andamento da apuração. Já busquei advogado para ver o que é. Tem politicagem aí.
AN - Como a senhora foi informada do afastamento?
Lia - Voltei de férias no dia 26. Aí, me trocaram de área, me colocaram para fazer o Habite-se (alvará sanitário concedido após a vistoria e aprovação do sistema hidrossanitário instalado em um imóvel). Na terça-feira recebi a notificação de que estava afastada.
AN - Antes disto, a senhora tinha algum agendamento de inspeções?
Lia - Sim, ia continuar a fiscalização das escolas. Ao menos 90% das escolas do Estado não foram fiscalizadas, enquanto do município ainda há uns 40%.
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