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A Educação Precisa de Respostas  | 25/06/2014 09h01min

"Filho, por que você não sai desse quarto?"

Especialista alerta aos pais para os sinais do problema

Caso seu filho esteja querendo ficar trancado em casa, perdendo a produção escolar, se sentindo com medo ou vergonha, ele pode estar sofrendo cyberbullying. A agressão, que significa ofender o outro pela internet, pode acontecer por meio de e-mails, mensagens em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos que busquem ameaçar, constranger ou inferiorizar a pessoa que os recebe.

Muitas crianças e jovens sentem vergonha de falar para os pais que estão sofrendo cyberbullying. Por isso, a dica é ficar atento a alguns sinais dos pequenos. “A criança começa a ir mal na escola, tem uma mudança de comportamento, começa a ficar mais triste, tem uma queda na sua produtividade”, explica a terapeuta familiar Quézia Bombonatto, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
 
Segundo a terapeuta, o cyberbullying pode trazer problemas para o desenvolvimento social e cognitivo da vítima. “Ela vai ficar muito insegura, uma criança que passa por humilhações têm interferências na construção da sua autoestima”, alertou.
 
Para proteger e conscientizar os filhos desse problema, o envolvimento dos pais é fundamental. Segundo Edimara de Lima, psicopedagoga, os pais nunca devem dar um aparelho com mais recurso do que a idade da criança necessita e devem fazer com que o uso do aparelho seja público (a tela do computador deve estar visível a todos).
 
“Os pais devem deixar regras estabelecidas sobre o uso da internet. Devem orientar os filhos, mostrando as regras a respeito do uso de
imagem do outro (...), conversar e mostrar a criança que a internet é um espaço público em que tudo o que se posta ali pode ser visto por todos”, orienta a especialista.
 
Bullying x Cyberbullying
 
O bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar") já é um velho conhecido dos pais e educadores. Sua principal característica é a agressão física, moral ou material que é sempre intencional e repetida várias vezes sem nenhum motivo particular. Atualmente, a tecnologia deu uma cara nova a esse problema.
 
“O cyberbullying se diferencia do bullying pelo instrumento e pela sua repercussão que atinge um número muito maior de pessoas em um tempo muito pequeno. Um bullying que acontece na escola pode acabar facilmente trocando a criança de escola ou período, mas o cyberbullying não, porque ele pode acompanhar a criança em qualquer ambiente que ela estiver e ele pode ser permanentemente replicado”, esclarece Edimara de Lima.
 
Segundo ela, o perfil dos agressores abrange desde as crianças que fazem isso por ingenuidade até aquelas que praticam o cyberbullying de propósito. Já as vitimas, na maioria das vezes, teriam alguma fragilidade ou característica que os diferenciem da maioria. 
 
Quézia concorda. “Em geral, as vítimas são pessoas que não entram naquele perfil da “normalidade”. Os agressores vão reparar em pequenas imperfeições, fragilidades físicas ou intelectuais, e vão inventar apelidos e fazer perversões com a vítima que sofre.”
 
Para Quézia, os efeitos do cyberbullying são maiores do que o do próprio bulliying. ”O
efeito [do cyberbullyng] é muito mais rápido e perigoso porque as mensagens/imagens maldosas são vistas por dezenas de pessoas”. A psicopedagoga alertou que as ofensas, nesse caso, podem ser ainda mais absurdas, já o agressor se sentiria protegido por não precisar se expor fisicamente.

 


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