A Educação Precisa de Respostas | 02/06/2014 17h11min
Para conscientizar a sociedade sobre as formas de prevenção às queimaduras – trauma que atinge 1 milhão de brasileiros a cada ano – a Clínica Cepelli vai promover uma ação voltada às crianças no Dia de Luta contra as Queimaduras. Na sexta-feira, 6 de junho, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, biólogos e bombeiros militares estarão na Escola Básica Adotiva Liberato Valentim, em Florianópolis, repassando cuidados básicos para evitar a ocorrência de queimaduras onde estes acidentes costumam acontecer: no ambiente doméstico, entre a cozinha e o quintal.
Entre as instituições parcerias nesta iniciativa estão a Clínica Cepelli (que é um Centro Avançado no Tratamento de Feridas e Queimaduras), a Sociedade Brasileira de Queimaduras - Regional SC, o Corpo de Bombeiros Militar, a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, a UFSC (através do HU e do Laboratório de Células Tronco e Regeneração Tecidual), a UDESC (através da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade), a Secretaria de Estado da Saúde (através da Unidade de Queimados do Hospital Infantil Joana de Gusmão) e a Unicred.
Nos recreios da manhã e da tarde, os cerca de 500 alunos da escola municipal serão preparados para se tornar multiplicadores na prevenção de queimaduras por escaldamento, que é a mais comum na primeira infância, por fogo, choque elétrico e pelo contato com produtos químicos. Através de banners, vídeos, demonstrações dos bombeiros, maquetes e distribuição de gibis temáticos, entre outros recursos, os profissionais de Saúde também vão esclarecer quais os primeiros socorros em caso de queimaduras, com ênfase no resfriamento da área atingida em água corrente e nos riscos de se aplicar qualquer produto caseiro sobre a lesão.
“Se um único acidente for evitado já terá valido a pena pois as sequelas das queimaduras não são apenas estéticas. Além das cicatrizes trazerem limitações sociais, as sequelas funcionais costumam prejudicar a inserção no mercado de trabalho”, avalia o cirurgião pediatra Maurício Pereima, diretor da Clínica Cepelli e chefe da Unidade de Queimados do Hospital Infantil Joana de Gusmão. “Também queremos alertar as crianças que a queimadura não afeta apenas a pele mas todo o funcionamento do organismo. Dependendo de sua gravidade, pode levar a infecções, complicações renais e cardíacas”, destaca, frisando a necessidade de se buscar um serviço especializado que proporcione um diagnóstico adequado.
Além dos riscos de queimaduras na rotina doméstica, a ação deste dia 6 de junho também vai enfatizar os cuidados com as fogueiras, muito comuns a partir de agora, nas Festas Juninas, e os perigos relacionados aos rojões e fogos de artifício, que no embalo da Copa do Mundo já tiveram seu comércio ampliado no Brasil. “Não existe fogo inocente”, ensina o cirurgião pediatra, por isso só adultos devem manipular os fogos, sempre atentando para a procedência garantida. Acidentes com rojões e fogos de artifício podem deixar sequelas graves, como cicatrizes retráteis, que encurtam a pele comprometendo os movimentos, lesões na córnea e mesmo amputação de membros.
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