A Educação Precisa de Respostas | 14/03/2014 18h07min
O exercício da atividade de psicopedagogia está prestes a ser regulamentado no país. O Senado Federal aprovou um projeto de lei para isso. Agora, para sua efetivação só falta à votação de alguns destaques já acordados na Câmara dos deputados, onde o PL também já passou por duas votações, e a posterior sanção pela presidente Dilma Rousseff.
A psicopedagogia já é praticada no país há 35 anos. Seu surgimento se deu pela identificação, observação e avaliação das necessidades, principalmente de crianças que apesar de nem sempre apresentarem impedimento e ordem orgânica, não conseguiam aprender. “A atividade lida com o processo da aprendizagem, levando em consideração a influência do meio, como a família, a escola e a sociedade”, explica Quezia Bombonattto diretora e Conselheira Vitalícia da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ABPp.
“Além disso, a atividade sempre funcionou como importante instrumento de auxílio na carência das escolas e até mesmo das empresas em atender as dificuldades dos indivíduos em aprender, seja do ponto de vista psíquico, cognitivo, emocional ou físico.”, completa Quézia.
Nas escolas, e junto às famílias, o psicopedagogo exerce um papel preponderante. “É ele quem orienta os pais, auxilia os professores e demais profissionais nas questões relacionadas à aprendizagem, colabora com a direção para que haja um bom entrosamento entre os integrantes da instituição e, principalmente, orienta o aluno que passa por dificuldade, seja ela qual for.”, diz a Luciana Barros de Almeida, presidente da ABPp.
A atuação do psicopedagogo não invade as áreas de atuação de outros profissionais, mas trabalha em conjunto com eles. “Na sua rotina profissional, o psicopedagogo deve assegurar a produção e divulgação do conhecimento científico e tecnológico relacionado com a aprendizagem, os compromissos éticos, educação de boa qualidade para todos e a articulação com os demais profissionais da educação e da saúde para a construção de uma sociedade justa, respeitando a equidade e a diversidade, onde todos tenham o direito de se desenvolver adequadamente.”, esclarece Luciana.
A atividade já é regulamentada em vários países. "Pelo país afora, há diversos cursos de graduação já constituídos e em andamento, e inúmeros e variados de pós-graduação em nível de especialização, e isso tende a aumentar com a nova lei da regulamentação.”, conta Luciana Barros de Almeida, presidente da ABPp.
Nas instituições particulares, a presença do psicopedagogo já é realidade há tempos. “A boa nova é que ele também começa a chegar ao setor público, a partir da Lei federal 557 de quatro de dezembro passado, que estabelece a obrigatoriedade do psicopedagogo e do psicólogo na equipe de especialistas das escolas municipais e estaduais.”, diz Quézia Bombonatto.
O psicopedagogo vem ganhando cada vez mais espaço. Essa decisão, na linha da regulamentação da atividade agora aprovada no Senado, reflete sua importância no ambiente escolar. “Trata-se, pois, de uma grande notícia para todos que almejam a melhoria da qualidade educacional em nosso país.”, conclui Luciana Barros de Almeida Presidente Nacional da ABPp .
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