A Educação Precisa de Respostas | 11/03/2014 14h07min
A partir da próxima semana, os centros de saúde e escolas irão se reunir para organizar o início da vacinação contra o HPV em alunas da rede municipal de ensino de Florianópolis. O tratamento é para combater principalmente o câncer de colo de útero. HPV é uma abreviação para a doença chamada de papilomavírus humano, transmitida pela relação sexual.
Após agendamento, profissionais dos centros de saúde irão até os estabelecimentos para aplicar a vacina, injetável no braço ou na coxa. A medida irá beneficiar 1.839 alunas na faixa etária de 11 a 13 anos. As garotas estão matriculadas entre o 6º ano e o 8º ano de 28 escolas.
Cada família irá receber um termo de autorização para que libere oficialmente as suas filhas para que tomem a vacina. Junto com o documento seguirão informações a respeito da importância da adolescente ser imunizada contra a doença.
A primeira dose será dada na escola. Mas serão necessárias mais duas. A segunda daqui a seis meses e a outra num prazo de cinco anos.
Conforme o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a moléstia matou 5 .160 mulheres em 2011. É considerado para o INCA o terceiro tumor mais freqüente na população feminina, perdendo apenas para o câncer de mama e o do colorretal.
Para este ano, mais de 15 mil mulheres devem ser infectadas pelo vírus, segundo a estimativa do Instituto. Uma pesquisa do governo federal aponta que no sul do país, a atividade sexual das garotas começa a partir dos 12 anos. Mas no Norte e Nordeste, a primeira relação pode ocorrer já aos 10 anos. Por isso que a vacina busca atingir um público intermediário, entre 11 e 13 anos.
Todas as mulheres podem ser vacinadas, até aquelas que já contraíram em algum outro momento o vírus. O organismo estará protegido para possível nova contaminação. Além de câncer, o HPV provoca verrugas no órgão genital e no ânus. A vacina não tem efeito colateral. As reações são parecidas como a de qualquer outro medicamento: dor, febre ou alergia.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) , o câncer do colo de útero tem maior incidência no norte do país, com 24 casos em 100 mil mulheres. Nas regiões Centro-oeste e Nordeste, respectivamente, há 22 e 19 casos por 100 mil. No sul são 16 casos por 100 mil e no sudeste 10 casos por 100 mil.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2012 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.