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Vestibular  | 25/02/2014 17h39min

UFRGS forma primeiras turmas de História da Arte e Políticas Públicas

Saiba mais sobre os cursos e conheça as possibilidades de carreira

Neste mês, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) formou as primeiras turmas dos bacharelados em História da Arte e Políticas Públicas. Conheça as possibilidades de carreira nessas duas áreas.

História da Arte

Com duração de quatro anos, o curso de História da Arte é noturno. Vinculado ao Instituto de Artes (IA), no Centro Histórico da Capital, é lá onde ocorre a maior parte das aulas. Das 30 vagas oferecidas no vestibular, 30% serão destinadas a ingresso via Sisu. Aberta em 2010, a graduação já é a mais procurada do IA — neste ano, foram 6,53 candidatos por vaga.

Diferentemente dos outros cursos do instituto, não é necessário passar por uma prova específica antes do vestibular. As cadeiras de prática são eletivas, portanto o aluno não terá de produzir arte durante a graduação. A professora Paula Ramos valoriza o fato de cinco alunos terem concluído o curso dentro do período previsto:

— História da Arte demanda muita leitura. Além disso, 80% dos nossos alunos trabalham. Para mim, é uma vitória terem conseguido fazer tudo em quatro anos. Uma coisa interessante é que muitos já são formados em outras áreas, inclusive com pós-graduação.

Interdisciplinar, o curso aborda filosofia, estética, literatura, arquitetura, cinema, dança, teatro, entre outras áreas, contemplando história da arte mundial, brasileira, popular, afrobrasileira, islâmica, ameríndia, asiática e contemporânea, destaca Paula.

Mercado de trabalho

O bacharel em História da Arte pode trabalhar em instituições culturais públicas e privadas, elaborando e executando projetos de proteção, estudo e difusão de informações sobre o patrimônio histórico e artístico nacional, bem como pesquisando a produção artística local, regional, nacional ou internacional.

Outra possibilidade é no Ensino Superior e em cursos técnicos no campo das artes e da cultura. Também poderá trabalhar como curador, crítico de arte e editor de publicações sobre arte.

História x História da Arte

A professora Paula explica que os objetos de estudo das duas áreas são distintos:

— Um historiador foca na história política, social, das classes. Ele tende a mostrar que uma obra de arte é um retrato de um período. O historiador da arte não usa a expressão artística como ilustração de um momento histórico. Nós pensamos que a obra é agente de seu tempo, e não o resultado dele.

Políticas Públicas

Também noturno, Políticas Públicas é oferecido pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), com aulas no Campus do Vale. São 60 vagas — lembrando que 30% serão via Sisu em 2015. O curso forma bacharéis com conhecimento sobre governo e suas relações com a sociedade. O graduado se torna apto a fazer análises, elaborar planos, formular, implementar e avaliar políticas públicas, habilitando-se a estabelecer políticas voltadas ao fortalecimento da democracia, da cidadania, do bem-estar social e dos direitos humanos e ambientais.

— A graduação aborda diversas áreas, como saúde, educação, planejamento urbano, segurança pública, ciência política e sociologia. O estudante adquire mecanismos para fazer outras interpretações, sob outra ótica, a respeito de fatos como as manifestações ou os rolezinhos, por exemplo — explica a recém-formada Liciane Barbosa, 23 anos, de Santo Ângelo.

Mercado de trabalho

O bacharel pode atuar em instituições públicas, organizações da sociedade civil e setor privado, desenvolvendo atividades de concepção de diagnósticos, elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas.

— Hoje, trabalho com pesquisa na área de segurança pública. Em um dos meus estágios obrigatórios, trabalhei em um programa de ressocialização de jovens que saíam da Fase. Minha função era avaliar os resultados desse programa. Avaliação, aliás, é uma área com poucos profissionais — analisa Liciane.

De olho no futuro

Para Liciane, a carreira de um formado em Políticas Públicas tem foco no futuro do Brasil:

— É uma área cada vez mais importante para o futuro do país, em razão da necessidade de qualificar a gestão pública. Um caminho para isso é ter pessoas que realmente entendam os processos, em vez de ocupar os cargos com indicações políticas. Nosso objetivo é melhorar o que é entregue à sociedade.

ZERO HORA
Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

Liciane (segunda da direita para a esquerda) e outras sete formandas de Políticas Públicas
Foto:  Arquivo Pessoal  /  Arquivo Pessoal


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