Foi por amar a experiência que teve como intercambista durante um mês na Inglaterra, em 2011, que Marina Rockett decidiu viver mais uma vez o sonho do intercâmbio. Procurou novamente a agência World Study e, na última quarta-feira, a adolescente deixou Porto Alegre abaixo de 35ºC para desembarcar em Vancouver, no Canadá, onde os termômetros marcavam temperaturas máximas próximas aos 10ºC.

A coragem para enfrentar um dos invernos mais rigorosos do Hemisfério Norte vem da vontade de se conhecer melhor — o inglês já está bem afiado —, e voltar com a certeza de uma escolha.

— Decidi viajar quando ainda estava indecisa sobre qual carreira deveria seguir. Resolvi tirar um tempo para pensar melhor sobre o assunto, viver novas situações e sair do mundinho protegido em que eu vivo — conta Marina.

Filha de médico e administradora, a garota passará seis meses no país no convívio de uma família canadense — com direito a pai, mãe, irmã e mais uma intercambista mexicana. Diariamente, Marina frequentará o High School em uma instituição voltada para a sua área de atual interesse: a publicidade e propaganda.

— A escola oferece disciplinas como marketing, produção audiovisual, fotografia e teatro. Com elas, pretendo descobrir se é mesmo nessa área que desejo me formar — afirma.

Marina é destemida. Na terça-feira passada, um dia antes de embarcar, fazia as malas sem qualquer sinal de nervosismo, medo ou saudade antecipada. O sorriso no rosto mostrava a ansiedade pelo que ainda estava por vir. As aventuras de Marina podem ser conferidas em seu canal no YouTube, o qual ela promete atualizar semanalmente. Para acompanhar, acesse YouTube.com/user/marinarockett.

> Tem problema interromper o ritmo e fazer intercâmbio antes do vestibular?

"Muitas vezes, o aluno termina o Ensino Médio, não é aprovado no vestibular e acaba passando um ano inteiro boiando. Ele até estuda, mas está perdido. É muito cedo para se fazer uma escolha profissional com total convicção. Por isso, o intercâmbio pode ser um momento para pensar sobre o futuro. E, depois, com o objetivo bem definido do que se quer, o aluno estabelece métodos para chegar lá e a tendência é que fique ainda mais determinado em sua escolha."

Fábio Mendes, especialista em formação de hábitos de estudo e ex-intercambista.