Prêmio RBS de Educação - Para Entender o Mundo | 02/12/2013 18h03min
Premiada em duas categorias ( voto popular e projeto comunitário), Maria Elizabeth estava radiante com o reconhecimento no Prêmio RBS de Educação:
— Estou muito feliz pelo duplo reconhecimento, pois realmente não esperava. Mesmo aposentada me dá ainda mais motivação para continuar o trabalho, estou cheia de ideias inspirada pelos projetos dos colegas que vi hoje. Acredito que vai impactar diretamente no desenvolvimento da cidade de Passo de Torres.
Formada em Letras e Direito e dona de paixão contagiante por ensino e literatura, Maria Elizabeth Souto de Oliveira, 62 anos, sabia que não daria a missão por encerrada quando aposentada mudou-se para a casa de veraneio em Passo de Torres, no Litoral do Sul de Santa Catarina. Em 2010, ela decidiu voltar a trabalhar com leitura e, com a ajuda de doações de livros, abriu uma biblioteca para crianças. Assim nasceu O mundo das letrinhas, na Praia Rosa do Mar.
O espaço recebia crianças da Escola Vila Nova que, com poucos recursos, carecia de acervo maior. Com o tempo tia Beth, como ficou conhecida, foi convidada a levar o acervo à escola. Aos poucos, o projeto foi se transformando na iniciativa O mundo encantado da leitura, que é desenvolvido de forma voluntária.
— Eu comecei a trazer meus livros, o baú da leitura, a mala da leitura e a contar histórias, a fazer projetos lúdicos na escola. O principal objetivo é desenvolver o gosto pela leitura, formar novos leitores — explica Beth.
Mais do que despertar o gosto pelos livros, Beth desperta alegria nos pequenos, que comemoram quando a veem chegar e ouvem atentos as histórias, ansiosos para depois escolher um livrinho para levar para casa.
— Toda vez que a professora Beth chega aqui na escola, os alunos fazem uma festa. A procura por livros na biblioteca aumentou, eles estão encantados com as histórias que ela conta. Levam até dois, três livros por vez — comemora Carina Peres, diretora da escola.
Ana Clara Porto da Silva, de oito anos, está no 3º ano. Ela é uma das alunas mais empolgadas com o projeto.
— A tia Beth é muito divertida. Ela trouxe mais alegria ainda para o colégio. Por mim eu viria todos os dias pegar mais livros, mas infelizmente é só uma vez por semana — conta a pequena.
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