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Ensino Médio  | 07/11/2013 06h05min

Programa inédito no RS permite que estudantes possam cursar o Ensino Médio e o High School sem sair do Brasil

Alunos que conquistam o diploma de high school ficam aptos para cursar faculdade na América do Norte em condições iguais a americanos e canadenses


A oferta chama a atenção: fazer o Ensino Médio pela manhã e, à tarde, o seu equivalente norte-americano, o high school.

Assim, o aluno conquista dois certificados e boas chances de conseguir vaga em universidades dos Estados Unidos ou do Canadá.

Programas desse tipo já existem em mais de 30 escolas do país, mas, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado (Sinepe/RS), a iniciativa de instituições como Monteiro Lobato e Colégio Batista é nova no Rio Grande do Sul por ter um formato um pouco diferente: as aulas ocorrem no turno inverso – os alunos estudam pela manhã o Ensino Médio e, à tarde, o high school. E o calendário acompanha o ano letivo brasileiro, não o deles (o que mantém intacto o período de férias de verão aqui).

– A inovação que essas escolas estão trazendo com o high shool é formar o aluno para o mundo. São colégios tradicionais. Talvez isso faça com que o mercado se movimente nesse sentido – acredita Bruno Eizerik, presidente do Sinepe/RS.

A parceira do Colégio Batista é a American High School, de Illinois, nos Estados Unidos – representada no Brasil pela Babel Group. Estudantes do Batista são os maiores alvos, mas as matrículas são abertas a todos que quiserem aproveitar essa oportunidade. E, além das disciplinas normais, será preciso se dedicar a conteúdos específicos do currículo em inglês.

– Algumas matérias são iguais e se equivalem, como matemática, por exemplo. Mas há outras próprias do currículo americano que também vão precisar de atenção, como oratória e literatura americana – explica a diretora do colégio, Marli Izolde Berg.

As aulas do high school são todas em inglês, com professores nativos dos Estados Unidos e que, em sua maioria, desconhecem o idioma português. Por isso, os alunos brasileiros precisam de, no mínimo, conhecimento intermediário da língua inglesa.

Escola oferecerá high school com currículo canadense

O aluno que conquista o diploma de high school fica pronto para cursar faculdade na América do Norte em condições iguais a americanos e canadenses – onde o documento também vale –, precisando ainda fazer o SAT (algo como o Enem deles), mas sem necessidade de passar pelo temido teste de proficiência em língua inglesa.

Para o ano que vem, o colégio Monteiro Lobato planeja um high school, mas com currículo canadense. O projeto está em fase de implantação. Conforme Kátia Beppler Macagnan, coordenadora pedagógica do Ensino Médio do colégio, as aulas ocorrerão sempre às tardes e com professores canadenses. O high school estará disponível apenas para alunos do Monteiro Lobato que estejam no 1º ou 2º anos do Ensino Médio, com duração de dois anos.

Conteúdo do High School será em 14 horas semanais

Mesmo sabendo que, além das manhãs, também terá de estudar durante três tardes por semana (são mais 14 horas semanais), a estudante do 1º ano do Ensino Médio no colégio Batista de Porto Alegre, Gabriela Zilz, 15 anos, já está na fila de interessados. Ela tem planos de cursar Jornalismo e garante que uma experiência como essa vai ajudar bastante em seu futuro profissional.

– Já estou bem adaptada à cultura, por meio de música e cinema, mas ainda vou fazer um intensivo de inglês para acompanhar melhor o conteúdo – afirma a guria.

O programa tem a duração de 40 meses – quatro a mais do que o Ensino Médio brasileiro. Por isso, a iniciativa do Colégio Batista já está aberta a alunos a partir do 9º ano do Ensino Fundamental, para que eles possam terminar o high school com a formatura no 3º ano. Ou, se conseguirem, até mesmo alguns meses antes, ficando livre para se dedicarem ao vestibular, por exemplo.

– Ao final do curso, se os alunos tiverem interesse, a formatura pode ser feita em Chicago, nos Estados Unidos, ao ar livre e com direito a jogar o chapéu para cima, como vemos nos filmes – explica a diretora do Colégio Batista.

GUSTAVO B.ROCK

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