A Educação Precisa de Respostas | 30/10/2013 15h08min
"Mãe, eu quero um cachorrinho..." Numa semana em que os bichinhos foram alvo do noticiário por causa da invasão de ativistas às dependências do Instituto Royal, em São Roque, a chance dos pequenos fazerem pedidos assim é maior.
Em alguns casos, acatar o desejo da criança pode resultar numa boa dor de cabeça para os pais, principalmente para quem mora em apartamentos pequenos. Os pais devem ter consciência de que, por mais que a criança deseje e prometa amar um bichinho de estimação, a responsabilidade de cuidar do animal recai sobre eles.
Especialistas orientam que, antes de adotar um animal, deve-se pesar os futuros gastos com vacina, ração e os inconvenientes que possam surgir. "É melhor negar o animal à criança do que retirá-lo de casa após uma experiência frustrada", alerta a psicóloga clínica Ana Cássia Maturano. "É conveniente explicar os motivos que impossibilitam a convivência com o bichinho".
Caso a situação permita, a presença do animal de estimação é benéfica para os pequenos, que podem desenvolver senso de responsabilidade e de afeto em pequenos cuidados com o bichinho.
No entanto, segundo adverte Ana Cássia, a responsabilidade pela vida de um animal não pode recair exclusivamente sobre a criança.
"Atitudes como recriminar os filhos pelas bagunças do animal destroem os benefícios de uma responsabilidade adquirida gradualmente", diz a especialista. "Os pais têm de admitir que um bichinho para a criança significa trabalho para eles, evitando frustrações".
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