Rodrigo Saccone | Brasília  |  rodrigo.saccone@gruporbs.com.br

As chuvas que causaram transtornos na Região Metropolitana na quarta-feira também deixaram em alerta a equipe do Ministério da Educação (MEC) responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre entre sábado e domingo.

Desde quarta-feira, quando um temporal alagou a BR-116 e deixou mais de 600 desabrigados, técnicos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) recebem pelo menos dois boletins diários do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais.

Apesar da previsão de chuva para sábado, a perspectiva é que não ocorram problemas graves. Mesmo assim, o MEC permanecerá em alerta. A orientação para os estudantes é que se dirijam normalmente para os locais das provas. Caso seja necessário, o governo federal vai providenciar transporte e realocação dos candidatos.

— Se tivermos um incidente desta natureza, nós informaremos os participantes e teremos, ali no momento, um transporte alternativo. Espero que não seja necessário. — disse o ministro Aloizio Mercadante em coletiva, ontem.

Em todo o Rio Grande do Sul, há 404,8 mil inscritos. No Brasil, são mais de 7 milhões. O acesso aos locais das provas iniciará às 12h e os portões fechados às 13h. O MEC recomenda que os candidatos se dirijam com antecedência para os locais marcados nos cartões de confirmação de inscrição.

A apresentação de documento oficial com foto é obrigatória. Em caso de perda ou roubo dos documentos o estudante deverá apresentar boletim de ocorrência emitido no máximo 90 dias antes.

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Dentro da sala de prova é proibido o uso de qualquer equipamento eletrônico. Telefones deverão ser desligados e entregues aos fiscais. O Inep vai monitorar redes sociais para evitar que os participantes compartilhem fotos ou informações das provas. Os participantes flagrados violando esta regra serão eliminados. No ano passado, 65 participantes foram expulsos da prova por postarem fotos do cartão de respostas e da sala em redes sociais.

Mercadante negou que o ministério esteja espionando os candidatos, mas ressaltou que o monitoramento é importante para preservar o Enem.

— Nosso trabalho não é tão eficiente quanto o do Obama, mas é bom. E é uma razão republicana, preservar o exame — ressaltou Mercadante, lembrando que só são monitoradas informações divulgadas pelos próprios estudantes.

Veja abaixo o Enem em números:

ZERO HORA