A Educação Precisa de Respostas | 23/10/2013 18h07min
Que mãe ou pai já não esteve prestes a perder a cabeça quando, em situações desagradáveis, como um engarrafamento ou numa sala de espera, seu filho passa a ter reações de raiva e irritação. Em situações de estresse, a criança tende a desencadear seus sentimentos de raiva mais facilmente. O adulto, por tentar ser sempre paciente, pode, alguma hora, explodir.
Segundo a psicóloga Ana Cássia Maturano, para enfrentar a tensão, os pais não devem se sentir culpados em externar seus sentimentos de raiva ou impaciência com a criança, desde que, na “explosão”, não atinjam a personalidade ou o caráter do filho.
“Segurar a raiva e as provocações e, de uma hora pra outra, reagir batendo na criança ou a ofendendo é prejudicial e os pais se arrependem depois”, diz Ana Cássia. “O correto é dizer a ela que se está ficando irritado e deixar claro o motivo da irritação”.
Esse comportamento de advertir a criança permite aos pais dar expansão a seus sentimentos, sem causar danos. Além disso, pode ser um exemplo, para a criança, de como externar a raiva com segurança.
Dessa forma, a criança aprende que sua raiva pode ser exteriorizada sem precisar machucar ninguém, e que existem meios aceitáveis de expressar suas emoções, lidando melhor com os momentos de tensão que enfrentará na vida.
Fonte: Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga pela Universidade de São Paulo (USP), especializada em Problemas de Aprendizagem. É co-autora do livro Puericultura – Princípios e Práticas, onde aborda aspectos relacionados a ‘estimulação cultural da criança’ e colunista de Educação do G1.
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