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Ensino Superior  | 15/10/2013 11h33min

Conheça as sete especialidades de um fonoaudiólogo

Vestibulandos visitaram hospital em Porto Alegre para conversar com profissional sobre a carreira

Bruno Moraes  |  bruno.moraes@zerohora.com.br

Reunidos em uma sala no Mãe de Deus Center, em Porto Alegre, para esclarecerem dúvidas sobre o curso que pretendem fazer, os vestibulandos Lana Webber, João Paulo Nogueira Santos e Gabriele Sampaio tentam se acomodar nas três cadeiras próximas à mesa onde a fonoaudióloga e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) Isabela Menegotto atende alguns de seus pacientes.

— A primeira coisa a saber é que fonoaudiólogos trabalham em lugares pequenos — brinca Isabela.

Já com uma boa noção das possibilidades de atuação na área — e até familiarizados com alguns termos —, os estudantes conversaram sobre as características do curso.

Confira os principais pontos da conversa.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL

Isabela ressalta que a fonoaudiologia evoluiu bastante nos últimos anos, e os profissionais da área vêm ganhando espaço de atuação em ambientes que vão além de clínicas e hospitais, como escolas e fábricas:

— Em grandes indústrias, o fonoaudiólogo atua no acompanhamento da audição dos funcionários. Também há espaço em empresas de comunicação, no ramo artístico, com músicos e atores, e mesmo no forense, participando de perícias.

Faixa etária dos pacientes

O fonoaudiólogo acompanha a saúde das pessoas desde o nascimento, quando aplica o teste da orelhinha, para verificar a audição do recém-nascido. Ao longo da vida, podem surgir distúrbios de comunicação e mesmo de deglutição — quando o paciente tem dificuldade para engolir e se alimentar.

Trabalho em equipe

Os distúrbios tratados pelo fonoaudiólogo podem estar relacionados a outras partes do desenvolvimento humano. A dificuldade de deglutir, por exemplo, pode ser resultado de um AVC ou mesmo de Alzheimer. Às vezes, até o uso de um aparelho dentário pode requerer o auxílio de fonoaudiólogo. Por isso, seguidamente, o trabalho é compartilhado com profissionais de outros ramos da saúde:

— O fonoaudiólogo trabalha em equipe, às vezes em parceria com um nutricionista, um dentista, um neurologista ou outro profissional.

Homens e mulheres

Tradicionalmente uma área que atrai mulheres, o quadro vem mudando ao longo dos anos. Segundo Isabela, todas as turmas têm rapazes hoje em dia.

— É da natureza humana que homens e mulheres tenham jeitos diferentes, e isso é muito interessante, especialmente para a terapia. Dependendo do pacientes, há necessidades diferentes.

No Exterior

De acordo com Isabela, o fonoaudiólogo formado no Brasil teria atuação diferente fora do país.

— Audição, por exemplo, fica a cargo de um médico, em países do Exterior. Há lugares em que fala e linguagem são separadas, ficando a cargo de profissionais diferentes.

Estética

A estética é outra possibilidade de atuação. Nesse campo, o fonoaudiólogo aplica exercícios para melhorar a musculatura do rosto:

— Dá muito trabalho para quem tem de fazer os exercícios, mas funciona — garante Isabela.

Formação

Com um currículo diversificado, as faculdades de Fonoaudiologia formam profissionais generalistas, isto é, capazes de atuar nas diversas áreas. Ao longo da carreira, se especializam em um campo.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO

São sete especialidades: voz, audição, linguagem, motricidade orofacial, escolar/educacional, saúde coletiva e disfagia (distúrbio de deglutição)

— Voz: atua na prevenção, na avaliação e no tratamento dos distúrbios vocais, na promoção da saúde vocal, e no aperfeiçoamento e estética vocal, principalmente dos profissionais como cantores, atores, professores, locutores, telefonistas

— Audição: faz avaliações audiológicas e trabalha na reabilitação auditiva por meio da seleção, da indicação e da adaptação de aparelhos auditivos, da programação do implante coclear, entre outros

— Linguagem: estuda problemas relacionados ao aprendizado da língua, habilitando crianças com atraso ou deficiência de linguagem ou pacientes que adquiriram a linguagem, mas a perderam por algum motivo

— Motricidade orofacial: trabalha a musculatura da face, da boca e da língua, com objetivos terapêuticos no tratamento de problemas relacionados à sucção, à mastigação, à deglutição, à respiração e à fala

— Educacional: colabora no processo de aprendizagem com orientações sobre a comunicação da criança

— Saúde coletiva: tem como foco a atuação nos setores público e privado, voltado para uma população específica

— Disfagia: trabalha na prevenção, na avaliação, no diagnóstico, na habilitação e na reabilitação funcional da deglutição e no gerenciamento dos distúrbios de deglutição

ZERO HORA
Adriana Franciosi / Agencia RBS

Estudantes Gabriele Sampaio, João Paulo Santos e Lana Webber conversaram com a fonoaudióloga Isabela Menegotto
Foto:  Adriana Franciosi  /  Agencia RBS


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