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Vestibular  | 15/10/2013 11h07min

Conversar com profissionais da área escolhida é uma boa estratégia, apontam psicólogos

Confira dicas de especialistas para tomar a melhor decisão possível

A grande oferta de cursos, além das diferentes especialidades de cada um (basta ver as várias áreas da engenharia, para citar apenas um exemplo), pode ser um dos fatores que embaralham as opções de carreira de quem vai prestar vestibular. A lista de dificuldades ainda pode ser ampliada por imaturidade, imediatismo, receio de frustrar a família, falta de informação e por aí vai.

Com as inscrições da UFRGS prestes a serem encerradas, sem contar os períodos de outros concursos, a hesitação pode resultar em ansiedade. De acordo com o psicólogo Angelo Brandelli Costa, é importante decidir da forma mais embasada possível.

— Converse com profissionais formados nas áreas que você pensa em seguir. Visite os cursos que você gostaria de estudar e converse com alunos, professores, funcionários. Ter absoluta certeza de que curso seguir desde a infância não é a regra, é a exceção. A trajetória profissional é um percurso cheio de reviravoltas.

Habituada a lidar com vestibulandos indecisos, a psicóloga Sandra Poloni, coordenadora do Programa de Orientação Vocacional do Serviço de Psicologia Aplicada, da UCS, afirma que a opção deve ser feita pelo vestibulando:

— É uma geração que prima pelo imediatismo, por isso, alguns jovens podem ter dificuldade de projetar o futuro. A escolha deve estar baseada em autoconhecimento e informação — diz Sandra, que ainda ressalta que um trabalho de orientação costuma levar alguns meses.

Confira abaixo mais recomendações dos psicólogos.

PARA OS VESTIBULANDOS

Conhecer-se para escolher

Considere os seus interesses e as suas habilidades. Reflita sobre o que é um desejo seu e o que vem de outras pessoas, pois nem sempre isso está claro.

Pense nas interfaces

É muito importante prestar atenção naquilo que lhe dá prazer. Se você adorava as aulas de educação física e o contato com outras pessoas, talvez seja frustrante ingressar em uma carreira que exija o trabalho solitário em um laboratório. Pense nas interfaces: você pode ser um jornalista esportivo, um físico que trabalha com equipamentos médicos, um aritsta cênico especializado em intervenções no ambiente coorporativo.

Fuja das fantasias

A escolha profissional é cercada de fantasias que muitas vezes prejudicam a tomada de decisão. Talvez a fantasia mais comum seja a de ter de cumprir as expectativas dos colegas, dos pais, da sociedade, do mercado. Não leve isso tão a sério. Se o Brasil precisa de engenheiros em 2013, como será em 2023? Se, hoje, o mercado valoriza os profissionais de tecnologia de informação, como era há poucas décadas quando essas profissões não existiam?

A profissão de familiares

Pode ser que algum irmão, primo ou tio insista que a profissão dele é a melhor e a mais indicada para você. Mesmo que a carreira lhe atraia, busque informações com pessoas de fora do contexto familiar.

Informe-se

As universidades costumam trazer, em seus sites, informações sobre os cursos que oferecem. Tente se aproximar de um profissional da área que desperta sua curiosidade para visitar o local de trabalho. Isso ajuda a acabar com eventuais fantasias a respeito de uma profissão.

Acertar "errando"

Você já ouviu falar em "serendipidade"? É a ideia de que eventualmente descobrimos alguma coisa quando estamos procurando por outra. A história está repleta de casos de cientistas que fizeram descobertas geniais quando estavam olhando para outra direção. Você pode se tornar um ótimo sociólogo na tentativa de ser advogado. A escolha do curso não é a definição do seu futuro profissional.

PARA A FAMÍLIA

Permita a escolha

Deixar seu filho muito livre pode ser tão prejudicial quanto pressioná-lo. Procure estimulá-lo a buscar informações sobre a(s) carreira(s) de interesse dele — e não seu. Você já fez a sua escolha, agora é a vez dele. Deixe claro que está feliz com a escolha dele, seja ela qual for.

Traga suas experiências

Converse com o seu filho sobre como foi a sua trajetória profissional, o que você levou em consideração nas suas escolhas, quais foram as mudanças ao longo do percurso. Para os indecisos, talvez seja mais importante saber como foi feita a escolha do que o quão feliz ou bem-sucedido ele poderia ser em determinada carreira.

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