Enem | 14/10/2013 17h54min
A primeira grande modificação trazida pela prova do Enem foi a divisão não-convencional dos assuntos. Não se tem questões divididas por matérias (história, geografia, biologia, literatura, etc), mas por áreas do conhecimento. Trata-se de uma prova de caráter interdisciplinar.
— O Enem surgiu para dar mais qualidade e questionar o currículo da Educação Básica, principalmente do Ensino Médio — reflete Marta Quintanilha Gomes, coordenadora do curso de Pedagogia da Unisinos e doutora em Educação.
A ideia é que o candidato analise situações e apresente argumentos que mostrem sua compreensão de questões complexas, aproximando o aluno da vida como ela é e dos enfrentamentos que ele terá no mercado de trabalho, por exemplo. Segundo Marta, o Enem procura imprimir no mundo da escola o que é vivenciado no dia a dia:
— Para o candidato se preparar para os enfrentamentos do dia a dia, é preciso compreensão do mundo ao seu redor e não uma decoreba de disciplinas específicas. E é isso que o Enem espera dele. Para isso, é preciso ler, saber o que está acontecendo no mundo, conhecer o seu entorno, compreender como o mundo está se organizando.
Segundo Marta, a Educação Infantil, como não tem muita prestação de contas com o MEC, está muito mais próxima do que o Enem quer implantar do que estão os Ensinos Fundamental e Médio.
— Para se ter uma ideia, as diretrizes da Educação Infantil de 2009 compreendem o currículo de forma complexa, sem áreas do conhecimento de forma compartimentada. A ideia é que a Educação Infantil influencie a Educação Básica — diz a professora da Unisinos.
Na hora de responder às questões da prova, o candidato precisa compreender a aplicabilidade de um mesmo conceito em diferentes disciplinas. Para isso, segundo Roselane Costella, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o aluno precisa lembrar em que contexto ele aprendeu o conteúdo exposto nas questões.
— Desta forma, se estabelece uma relação entre o conteúdo que ele aprendeu e o contexto que está sendo solicitado pela questão — explica Roselane. — O aluno faz uma busca em sua memória acadêmica, retoma os conceitos e os explora na questão para responder de forma competente.
COMO RESPONDER ÀS QUESTÕES
A professora da Faculdade de Educação da UFRGS Roselane Costella explica que, por mais apertado que o candidato esteja no tempo, deve buscar ler e compreender a questão e não chutar. Roselane indica que:
— O candidato deve ler primeiro a pergunta que a questão está fazendo e não a questão toda. Isso faz com que a leitura da questão seja dirigida para a pergunta, muda o olhar.
— Depois de ler a pergunta, o aluno deve voltar para o texto da questão e pensar qual pode ser a resposta.
— Por último, deve olhar para as opções e procurar pela resposta
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