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Professor  | 06/10/2013 10h07min

Professor tenta despertar nos alunos a paixão pela ciência

Rafael Brandão, 38 anos, está orientando estudantes na construção de estações meteorológicas

Taís Seibt  |  tais.seibt@zerohora.com.br

O telescópio no canto da sala não permite ao professor de Física Rafael Brandão, 38 anos, enxergar o futuro de seus alunos, mas ele se empenha em fazê-los abrir os olhos para as possibilidades da ciência.

No laboratório do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a turma de Introdução à Física da Atmosfera retira de suas maletinhas plásticas pequenos cabos coloridos. Os fiozinhos são cuidadosamente plugados em uma placa que se conecta ao laptop entregue pelo governo federal a cada aluno no começo do ano letivo. Na tela, saltam dados de condições climáticas, como temperatura, umidade e pressão do ar.

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São protótipos de estações meteorológicas de baixo custo, desenvolvidas por estudantes do Ensino Médio em parceria com o Instituto de Física da UFRGS. A ideia é que, mais adiante, os protótipos sejam capazes de gerar dados ambientais, como indicadores de poluentes no ar e na água, e que o projeto seja estendido a outras escolas da Capital, gerando dados sobre os microclimas da cidade — e levando conhecimento a mais estudantes.

— Dar aula no ensino básico era um plano B, para o caso de eu não conseguir entrar no ensino superior, mas depois nem me inscrevi em outros concursos, porque acabei me realizando com a gurizada. Sinto que minha contribuição aqui é muito maior — descreve Rafael.

Filho de médico, ele estudou Física Médica para agradar o pai sem deixar de fazer o que gostava: contas. Não resistiu e entrou depois no bacharelado em Física. Começou a dar aulas particulares e mudou para licenciatura. Fez mestrado e doutorado em Ensino de Física. Deu aulas em cursinhos e supletivos nesse meio tempo, mas se considera professor mesmo há três anos, desde que entrou no Aplicação. Pelos corredores da escola, dá para entender por que ele se sente um professor "de verdade" agora. A cada passo, Rafael é abordado por um aluno, seja para cumprimentar, fazer uma brincadeira ou tirar uma dúvida de astronomia.

Apesar de ter sido desestimulado quando disse ao pai que levaria adiante o desejo de estudar Física, hoje se considera um vencedor na profissão que escolheu e espera que sua filha, a pequena e vaidosa Catherine, de dois anos, tenha orgulho da carreira que ele escolheu.

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Foto:  Carlos Macedo  /  Agência RBS


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