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Enem  | 01/10/2013 02h21min

Tire dúvidas sobre a Teoria da Resposta ao Item

Método de pontuação também é usado em exames como SAT, usado em processos de seleção para universidades nos EUA

O método de cálculo de notas conhecido como Teoria de Resposta ao Item (TRI) pode parecer injusto à primeira vista, mas já é usado em testes consolidados do mundo inteiro desde a década de 1950 justamente com o objetivo de se alcançar uma avaliação mais próxima do conhecimento real do candidato.

> Leia mais sobre a Teoria de Resposta ao Item, usado no Enem

> Confira dicas para o último mês antes do Enem

O SAT, uma espécie de vestibular unificado para ingresso na maioria das universidades dos EUA, funciona com TRI. O TOEFL, exame de proficiência em inglês exigido pelas instituições de ensino de língua inglesa a alunos estrangeiros, também. No Brasil, ele é aplicado desde 1995 pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), e no Enem desde as mudanças na prova em 2009.

O grau de dificuldade das perguntas que compõem as provas do Enem é calculado a partir de um pré-teste que é realizado com estudantes do Ensino Médio. As questões são preparadas por uma equipe especializada, e os alunos selecionados devem responder a essas perguntas. A partir das respostas dadas pelo grupo, é estabelecida uma estimativa da dificuldade de cada item.

Confira abaixo mais detalhes sobre como funciona esse sistema.

Info

Acabe com suas dúvidas

> Eu posso calcular a nota do Enem sozinho, em casa?

Impossível, e essa é justamente uma das maiores críticas à TRI. O complexo cálculo é feito por computadores, que levam em conta diversas variáveis para se chegar ao resultado final. O cálculo à mão teria de ser feito por alguém com conhecimento avançado em estatística e com uma listagem completa do grau de dificuldade de cada questão da prova, o que não é possível porque essas informações não são divulgadas pelo Inep.

> Se eu não souber uma questão, devo chutar ou deixá-la em branco?

Deixar uma questão em branco é furada, mesmo que você não saiba a resposta de uma pergunta. Ao contrário das provas somatórias como o vestibular da UFSC, onde uma alternativa assinalada errada pode eliminar uma certa, o erro no Enem não desconta nota. O que o TRI faz é diminuir o peso de uma questão chutada para estimar uma média do candidato, e não eliminá-la por completo. "Mas cuidado, não é uma diminuição no peso tão grande assim", adverte o professor Mateus Prado.

> O TRI ajuda a diminuir os acertos por chute?

Não, a probabilidade de se acertar uma questão com chute é a mesma com ou sem TRI. Para as perguntas com cinco alternativas, a chance de um acerto aleatório continua sendo de 20%. O que o método faz é diminuir o peso de eventuais acertos fora do padrão, já que um candidato que teve dificuldade nas questões fáceis do teste dificilmente saberia solucionar as perguntas mais complexas. Podemos comparar essa lógica com uma corrida dividida em três modalidades — 100 metros, 500 metros e dois quilômetros. Alguém que não conseguisse completar a primeira prova jamais conseguiria correr dois quilômetros, da mesma maneira que um esportista que fizesse o trajeto maior com certeza conseguiria fazer os menores. O TRI parte da mesma lógica: o candidato passa por diversas peneiras até o momento em que se torna possível medir em qual ele parou.

> Como é calculada a média do Enem?

A nota geral de todos os alunos é calculada a partir da média inicial de 500 pontos. Não há uma média fixa, pois todo ano o nível dos candidatos pode mudar. Um estudante que tirar mais que 500 numa área de conhecimento provavelmente acertou mais que a média geral para aquela disciplina. Quem ficar abaixo de 500 acertou menos. Por exemplo: se na área de Matemática a média dos acertos dos concluintes do Ensino Médio que prestaram o Enem foi de 15 das 45 questões, todos que acertaram mais de 15 deveriam ser pontuados acima de 500, caso não houvesse outras variáveis envolvidas. A nota final é calculada pelo desvio padrão.

> Quais são as notas máxima e mínima do Enem?

Não há nota zero no Enem, como também não há uma nota máxima pré-fixada. Esses valores mudam de ano para ano entre as áreas de conhecimento: em 2012, a nota mínima de Matemática foi 277,2, e a máxima foi 955,2. Na área das Ciências Humanas, a mínima foi 295,6 e a máxima foi 874,9. Retomando o exemplo da corrida, um competidor que não conseguisse completar uma prova de 100 metros não é, necessariamente, alguém que não consegue correr absolutamente nada.

— Da mesma maneira, alguém que completa o trajeto maior não consegue correr para sempre, então não pode haver uma nota máxima fixa — explica Tadeu da Ponte.

DIÁRIO CATARINENSE

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