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A Educação Precisa de Respostas  | 14/09/2013 06h03min

Sonho possível para aprendizes e veteranos da indústria de Santa Catarina

A virada de profissionais que voltaram a estudar

Atualizada às 06h03min

Depois que a empresa têxtil Coteminas, em Blumenau, aderiu ao movimento A Indústria pela Educação, em 2012, o número de colaboradores estudantes passou de 80 para mais de 240 em menos de um mês. A procura não é vista como problema, já que a meta a longo prazo é ter 100% do quadro funcional com escolaridade básica completa, ou seja, formar mais de 800 pessoas.

O presidente da unidade, Eliézer da Silva Matos, diz que é preciso dar estímulos aos participantes para que eles não desistam. Alimentação e transporte, premiação para quem conclui o curso, liberação de horas da jornada para participar das aulas, já que elas ocorrem durante parte do horário de trabalho, e promoções internas são oferecidas. A Coteminas também paga os óculos a quem tem problemas de visão.

— A empresa ganha, a partir da melhora da competitividade. No entanto, o maior ganho ainda é do próprio colaborador, pois ele tem uma melhora na qualidade de vida — avalia.

Há 13 anos na Coteminas, a operadora de máquinas Clarice Janil Loos Lorenço retomou a 7ª série do ensino fundamental, depois de 30 anos sem estudar. O pensamento mudou muito. Ela pretende fazer faculdade e sente orgulho de conversar sobre as aulas com os filhos. O sonho é levar o marido a estudar junto com ela.

— É muito bom sentir que a gente é capaz. Quero que outras pessoas também venham para cá, afinal é uma ótima oportunidade. Aqui, todo mundo aprende junto.

Em Joinville, a Fundição Tupy, uma das maiores da América Latina no ramo, investe na parceria com Sesi e Senai para a formação de jovens aprendizes, que em 2013, somava 500 candidatos a 260 vagas. Foi por meio do programa Aprendizagem Industrial que Gilcinei Bruder, 18 anos, e Kelvin Andrei de Oliveira, 17, tiveram uma oportunidade no setor de usinagem da empresa. Pela manhã, fazem aulas teóricas no Senai. Após um ano os dois esperam ser contratados, assim como 60% dos que passam pelo programa.

— A principal razão para estar aqui é ser efetivado. Mas com certeza a experiência vai pesar no meu currículo ao procurar emprego — diz Kelvin.

*Colaborou Caroline Stinghen e Tatiana dos Santos

DIÁRIO CATARINENSE

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