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Ensino Superior  | 10/09/2013 11h12min

Crescimento do mercado pet atrai mais mulheres à medicina veterinária

Vestibulanda visitou hospital veterinário para conhecer melhor a profissão de quem trata de animais

Desde criança, a vestibulanda Fernanda Oliveira Castro, 17 anos, estudante do Colégio Leonardo da Vinci, de Porto Alegre, se imaginava como médica veterinária. Embora o interesse pela carreira tenha surgido ainda na infância, Fernanda não ficou imune a dúvidas e, a convite do caderno Vestibular, encontrou-se com a veterinária Tatiana Schuch, coordenadora do setor de internação do Hospital Veterinário Mundo Animal, para esclarecer algumas questões sobre a profissão.

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Entre os tópicos abordados no bate-papo estavam a rotina de trabalho, a formação acadêmica e o lado positvo da profissão.

— Sempre soube que eu seria veterinária. Pretendo trabalhar com melhoramento genético de animais de grande porte. Pode ser que eu mude de ideia, mas, por enquanto, meu plano é esse — projeta Fernanda.

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Rotina profissional

> O dia a dia profissional de um veterinário costuma ser bastante intenso, garante Tatiana Schuch. Na função que ela exerce, tratando de animais internados, a tensão é um outro elemento da rotina:

— Na internação, há animais em estado crítico, que apresentam um quadro de risco. São bichos com doenças graves, envenenados, com fraturas múltiplas ou que passaram por cirurgia. Monitoramos a situação deles em quatro turnos, manhã, tarde, noite e madrugada, aplicando as medicações necessárias. Por isso, o veterinário tem de trabalhar em horários diversos, mesmo em fins de semana e feriados.

Animais grandes ou pequenos

> O mercado de pequenos animais cresceu significativamente e passou a absorver muitos profissionais que trabalham com cães e gatos, por exemplo.

— Antigamente, o foco principal era nos animais de grande porte. Hoje, a visão das pessoas da relação entre o homem e o cão ou o gato mudou.

Perfil do veterinário

> Hoje, as mulheres tendem a ser maioria nas universidades, o que se reflete no mercado. No Mundo Animal, por exemplo, das 39 pessoas no corpo clínico (veterinários e especialistas), 32 são mulheres. Para Tatiana, isso está diretamente ligado ao crescimento do mercado pet:

— Não que não existam homens trabalhando com pequenos animais. Mas, em geral, eles preferem lidar com os de grande porte.

Incidentes de trabalho

> Vez ou outra, acontece de um animal atacar o veterinário durante um atendimento. Para evitar incidentes, eventualmente são usados medicamentos ou focinheiras.

— É uma situação estressante para o animal. Com cães, geralmente se espera até que eles se aproximem. Com gatos, é bom ter um ambiente tranquilo e silencioso. Às vezes, acontecem mordidas. Mas acho que os gatos podem machucar mais do que os cães — avalia Tatiana.

A formação

> O estudante formado em Medicina Veterinária é um clínico geral. Para se especializar em alguma área, como cardiologia ou fisioterapia, é preciso fazer um curso de pós-graduação. Fazer residência não é uma exigência para a titulação. Contudo, ter sido residente — em geral, em hospitais universitários — pode ser um diferencial no currículo.

O lado bom

> Segundo Tatiana, o contato frequente com animais é uma das melhores coisas da profissão, ao lado da possibilidade de reversão de um quadro grave:

— Ver a satisfação dos proprietários ao perceberem a melhora em seus bichos também é gratificante.

ZERO HORA
Dani Barcellos / Especial

Fernanda conheceu setor de internação de hospital veterinário, onde animais que inspiram cuidados são monitorados
Foto:  Dani Barcellos  /  Especial


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