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A Educação Precisa de Respostas  | 08/09/2013 08h02min

Pais contam como conseguem ser mais participativos da vida escolar da filha

O casal de Florianópolis acompanha de perto a rotina de Emily e dá dicas para outros pais

Júlia Antunes Lorenço  |  julia.antunes@diario.com.br

Questionada se os pais são presentes na vida escolar dela, Emily da Rosa Tentardini Neves, 7 anos, abre um sorriso, olha pra cima, suspira e responde:

— Eu acho que eles fazem tudo certo. Não tenho reclamação da minha mãe e do meu pai.

A satisfação da menina pode ser compreendida em uma conversa com a mãe Kelly Giambastiani, 38 anos, e o pai André Tentardini Neves, 35. O casal, que mora em Santa Catarina há 10 anos, construiu a relação com a filha baseada no diálogo, na confiança e nas trocas. Além disso, os pais fazem parte de um elo com a escola, de onde trazem dicas e colocam em prática em casa.

Emily vai para o colégio desde os 5 meses. Apesar de terem ouvido de muitas pessoas que era muito cedo, o casal diz que não se sente culpado. Ao contrário, percebem que isso ajudou muito no desenvolvimento da filha, que é uma ótima aluna e, aos sete anos, lê de maneira contínua e sem dificuldades com as palavras. Como são só os três, Kelly e André sempre buscaram auxílio no colégio:

— A gente não tem parentes aqui, então nos fortalecemos com a escola — observa a mãe.

O envolvimento dos pais com o aprendizado de Emily é constante. Todos os dias eles perguntam para a professora se está tudo bem com a filha. Caso apareça algum problema ou dificuldade, conversam com ela em casa e resolvem. Dessa maneira, quando o boletim chega no final do bimestre não há surpresas.

O próprio colégio é um incentivador para que os pais compareçam. Como a escola segue a metodologia montessoriana — que incentiva o uso de objetos nas atividades escolares e a liberdade individual —, se aparece um conteúdo novo ela convoca a família para que aprenda também e ajude os filhos em casa. Ainda sim, o momento dos deveres é apenas de Emily. O casal apenas orienta a filha se a menina solicita ou tem alguma dúvida.

Foi também com a escola que aprenderam a deixar objetos e coisas que Emily usa ao alcance dela, para estimular a independência:

— Nada está no alto. Tudo que ela precisa, como o pão que ela come e o creme de chocolate com avelã que ela gosta, está embaixo, para que ela mesma possa preparar o lanche.

Como a maioria dos casais, os dois têm uma vida corrida. Por isso, todo e qualquer momento com a menina é bem aproveitado:

— Outro dia estávamos no carro e ela pediu para ler um trecho de um livro pra gente. No mesmo momento abaixei o volume do som e e ela leu. Talvez muitos pais continuassem com o volume mais alto — contou André.

::As lições de Kelly e André::

- repassar valores e educar também em casa
- encarar a educação como o aspecto mais importante para se deixar à filha
- estimular muito diálogo
- conversar diariamente com o professor
- não remediar os problemas e resolvê-los assim que aparecem
- nunca usar a falta de tempo como desculpa e aproveitar todos os momentos juntos, inclusive os pequenos, como a ida ao colégio
- ir à escola sempre que ela chama
- explicar sempre para a filha os motivos das decisões e não dizer apenas porque não ou porque sim.

DIÁRIO CATARINENSE
Cristiano Estrela / Agencia RBS

Emily está com oito anos e já consegue ler textos sem dificuldades. De vez em quando, pede para ler para os pais
Foto:  Cristiano Estrela  /  Agencia RBS


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