| 30/08/2013 09h38min
Santa Catarina recebe hoje a tecnologia 4G para internet móvel, até 12 vezes mais rápida do que a geração anterior (3G). Conforme exigência do governo federal, a Vivo está lançando a rede em Florianópolis e Joinville, cidades que poderão servir de centros de treinamento para equipes da Copa do Mundo de 2014.
A partir de hoje, o sinal 4G para smartphones, tablets, notebooks e até mesmo internet residencial já está liberado nos dois municípios catarinenses.
O 4G, também chamado de LTE (no inglês, Long Term Evolution), é a quarta geração da internet móvel. Ela permite uma navegação mais rápida, ideal para ver vídeos com alta definição, baixar arquivos, jogar online e fazer videochamadas.
De acordo com o presidente da consultoria especializada Teleco, Eduardo Tude, enquanto no 3G as operadoras limitam a velocidade de conexão a 1 Mbps (megabites por segundo), no 4G, a navegação vai de 5 a 12 Mbps, até 12 vezes mais.
Quem quiser aderir à rede, precisa aderir a um novo plano e ter em mãos um smartphone compatível com a frequência da tecnologia no Brasil. A Vivo vende hoje 10 aparelhos habilitados para o 4G, das marcas Motorola, Samsung, LG, BlackBerry, Nokia e Sony.
Expansão nas cidades será de forma gradual
O iPhone, da Apple, não é compatível à rede 4G brasileira. Nem o seu sucessor, o iPhone 5 terá habilitação para navegação na nova tecnologia. O LG Optimus G é o único modelo que pode receber a banda LTE no Brasil e nos Estados Unidos. Segundo Tude, os aparelhos disponíveis hoje para a nova tecnologia custam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil.
Já as opções de modem para notebook e os planos de voz para celular custam mais caro do que na internet 3G. Segundo informações da Vivo, no modem, o cliente vai precisar desembolsar de R$ 99,90 a R$ 129,90 mensais. Nos planos, as mensalidades vão de R$ 149 a R$ 229. E no roteador residencial, que vai funcionar como um sinal wi-fi, o preço vai de R$ 99,90 a R$ 159,90. Por enquanto, a Vivo limitou a velocidade do 4G a 5 Mbps.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) exigiu que as operadoras ofereçam o serviço para todas as sedes e subsedes da Copa do Mundo até dezembro de 2013. Apesar de as subsedes – ou centros de treinamento – ainda não estarem definidas, a operadora se adiantou às demais. Além da Vivo, a TIM anunciou que estará em Joinville e Florianópolis com a cobertura 4G até o final do ano.
De acordo com a Anatel, a partir de maio de 2014, as demais cidades brasileiras começarão a ser cobertas com a tecnologia LTE. Terão preferência os municípios com mais de 500 mil habitantes. Mas os menores não serão esquecidos, até 2017, a meta é ter as cidades a partir de 30 mil habitantes cobertos pelas redes 4G.
Cobertura inicial atinge apenas 50% das cidades
Apesar de lançar hoje a tecnologia 4G em Santa Catarina, a Vivo mostrou preocupação com a garantia de expansão do serviço. De acordo com uma fonte da direção da operadora, o investimento em infraestrutura – com a instalação de novas antenas, por exemplo – vai esbarrar nos processos de licenciamento ambiental da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e nas leis municipais.
Nesta fase inicial do LTE, nas cidades de Florianópolis e Joinville, a empresa garantiu somente a cobertura exigida pela Anatel em cada município, que é de 50% da área. Em Porto Alegre, a Vivo está comemorando a cobertura de 75% da cidade pelo sinal 4G.
De acordo com o diretor, a operadora já enfrentou problemas na ampliação da infraestrutura em Brusque, no Vale do Itajaí, onde uma lei municipal impede que as operadoras instalem novas antenas perto de escolas e hospitais, prevenindo uma suposta intervenção do campo eletromagnético na saúde das pessoas.
Ele diz ainda que para habilitar a rede 4G em Florianópolis e Joinville, a Vivo apenas adaptou as antenas já existentes à recepção da nova tecnologia.
O diretor executivo do Sindicato das Operadoras de telecomunicação (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, entende que a falta de uma legislação específica para a instalação de novas antenas tem prejudicado a oferta do 3G e será crucial para a expansão da rede 4G.
– Vivemos um situação injusta: de um lado temos uma lei que nos impede de instalar novas antenas de celular, e, por outro lado, a Anatel nos cobrando por melhores serviços, disse. Em um ano, as instalações de antenas subiram 40%, para cerca de 15 por dia. Mas precisaríamos de 25 por dia, ainda mais pela expansão do 4G – concluiu Levy.
De acordo com a consultoria Teleco, o Brasil terminou junho com 257,2 mil acessos 4G, sendo 116 mil acessos (45,1%) da Vivo, 66,2 mil da TIM (25,7%), 44,6 mil da Claro (17,3%) e 30,4 mil da Oi (11,8%). A Vivo é líder em cobertura 4G por municípios e população atendida. A Claro foi a primeira a lançar os serviços no país.
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