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Greve  | 27/08/2013 00h40min

Paralisação de professores é parcial em salas de aula

Entre esta terça e quarta-feira, assembleias nas próprias escolas devem definir os rumos do movimento

Portões fechados, corredores quase vazios e quadros negros em branco. Era essa a atmosfera em parte da rede estadual de educação de Porto Alegre na segunda-feira.

Mesmo assim, no primeiro dia da greve, definida na sexta-feira passada pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), a adesão da categoria foi parcial.

A paralisação não chegou a ser sentida em todos as instituições de ensino. Além de reuniões feitas à tarde, outras assembleias programadas para o decorrer da semana definirão a situação do movimento na Capital.

No Colégio Estadual Júlio de Castilhos, a direção prestou orientações aos alunos nos três turnos — manhã, tarde e noite — sobre a continuidade da greve. Na tarde desta segunda-feira, em assembleia, os professores decidiram entrar em greve geral até a próxima segunda-feira, quando deverá ocorrer nova reunião para discutir a continuidade ou a interrupção da paralisação.

O grêmio estudantil organizou uma greve dos alunos. Por volta das 9h, um grupo de aproximadamente 50 alunos do Julinho saiu às ruas com cartazes para protestar contra as pautas não atendidas pelo governo. De acordo com o presidente da entidade, Cristian Lucas, os estudantes são favoráveis à reivindicação do piso de seus mestres.

— Também pedimos a suspensão do ensino politécnico, que tem modelo falho de preparação profissional e diminui o período de disciplinas importantes no terceiro ano, o que pode prejudicar a preparação para o vestibular. Estaremos na escola diariamente — afirmou.

No Colégio Estadual Protásio Alves, professores e funcionários compareceram ao trabalho, mas as aulas foram canceladas. No portão de entrada, cartazes com palavras de ordem contra o governo retratavam o descontentamento da categoria. Para esta terça-feira, está programada uma reunião que definirá a postura dos professores da escola diante da greve.

No Instituto de Educação, 80% das aulas foram mantidas e, em algumas turmas, alunos confeccionaram cartazes em apoio à greve. Já na Escola Técnica Estadual Parobé e no Instituto de Educação Flores da Cunha, professores ainda discutem sobre a adesão ao movimento. No Parobé, as aulas ocorrem normalmente, mas professores solicitaram encontro com a direção para decidir se aderem à greve, o que ocorrerá nesta terça-feira.

Professores têm reunião na Capital

O Cpers-Sindicato ainda não realizou um balanço da greve. Segundo a presidente da entidade, Rejane de Oliveira, na manhã de quarta-feira ocorrerá concentração de professores em frente ao sindicato. À tarde, o Comando Geral de Greve discutirá o rumo do movimento e a forma de negociação das reivindicações, entre elas a implementação do piso nacional como salário básico e com repercussão na carreira. Do outro lado, o governo, por meio da Secretaria de Educação (SEC), afirma que não há dinheiro no caixa para bancar o reajuste salarial da categoria, que chegaria à casa de R$ 3 bilhões.

Nesta segunda, no Interior, a paralisação também foi parcial. Conforme levantamento feito por Zero Hora, em Santa Maria, quatro escolas interromperam as atividades totalmente. Em Caxias do Sul, duas instituições paralisaram as aulas, enquanto em Pelotas apenas uma escola não teve atividades.

O quadro nas principais cidades gaúchas

Nenhum dos cinco maiores municípios registrou adesão total à greve

> Porto Alegre - Das cinco escolas consultadas, apenas uma teve adesão total dos professores (Júlio de Castilhos). Nas demais, a Escola Técnica Parobé registrou a paralisação de dois funcionários, o que não impediu o funcionamento normal da instituição. Nas restantes, as aulas foram normais. Entre terça e quarta, assembleias realizadas nas próprias instituições definirão os rumos do movimento.

> Caxias do Sul - De 10 instituições consultadas, duas (Escola Técnica e Rachel Grazziotin) paralisaram totalmente e duas aderiram parcialmente (Aristides Germain e Cristóvão de Mendoza), enquanto seis mantiveram as atividades normais.

> Canoas - Entre as três instituições consultadas, uma (Jussara Maria Polidoro) teve aulas normais, enquanto nas outras duas a paralisação foi apenas parcial, atingindo um número pequeno de funcionários. Na Leão Puente, dos 60 professores, apenas três aderiram ao movimento. Já no Instituto Carlos Chagas, oito dos 61 professores paralisaram.

> Pelotas - De 10 escolas consultadas, apenas uma (Marechal Lima Silva) registrou paralisação total dos professores. Entre as demais, cinco tiveram adesão parcial, enquanto três não informaram. Em uma instituição (Dom João Braga), as aulas prosseguiram normalmente.

> Santa Maria - De um total de 28 instituições consultadas, apenas quatro (Augusto Ruschi, Edson Figueiredo, Maria Rocha e Manoel Ribas) tiveram paralisação integral. Em 10 escolas, a greve foi apenas parcial, enquanto 14 instituições não aderiram ao movimento.

ZERO HORA
André Amaral / Especial

Júlio de Castilhos não teve aula na manhã desta segunda-feira em função da greve dos professores
Foto:  André Amaral  /  Especial


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