'A casa principal é muito bonita! Adorei as louças e os móveis'. 'Eu prefiro o Galpão de Transportes. É incrível como cada veículo tem uma função'. 'O telefone era muito engraçado, só com quatro dígitos'. 'O que achei mais curioso foi o banheiro. Eu sabia que ficava fora da casa, mas não que era um buraco redondo em cima de uma caixa de madeira'.

Em meio à algazarra adolescente, esses comentários entusiasmados se sobressaem e revelam um pouco do aprendizado que um mergulho na história pode proporcionar.

Acompanhada pela professora Daniela Sema Hoffmann, uma turma com 11 alunos de sétima série do ensino fundamental do Centro Educacional Construindo o Saber, de Balneário Camboriú, esteve no Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville em meados de agosto.

A garotada está estudando a formação de colônias e o movimento de imigração nas aulas de geografia. Assim, a educadora procura mostrar para os alunos quais as heranças e contribuições culturais que os imigrantes deixaram no Brasil e em Santa Catarina.

— Com a vinda ao museu, eles conseguem visualizar melhor como viviam essas pessoas. Aproveitamos a história de Joinville para falar também da nossa cidade, já que ambas foram colonizadas por alemães — explica Daniela.

Esse tipo de iniciativa pedagógica não é nenhuma novidade dentro dos muros que cercam uma das construções mais antigas do município. Os estudantes compõem um dos principais públicos. Segundo Dilney Cunha, coordenador do museu, aproximadamente metade das pessoas vem de outras cidades, Estados e, inclusive, países.

O local contabilizou mais de 35 mil visitas entre julho de 2012 e julho deste ano. O número é em torno de 47% acima do registrado no período 2011-2012, quando cerca de 24.300 pessoas estiveram no museu.

Somente em julho de 2013 foram 4.516 visitantes – o maior público em um único mês dos últimos dez anos. Para Dilney, são vários os fatores que justificam o recorde registrado no sétimo mês do ano:

— É o período de férias escolares e muitas famílias visitam o museu. Isso é resultado direto dos investimentos que temos feito em nosso trabalho educativo, com o qual estimulamos o retorno das crianças com seus familiares. É também o período do Festival de Dança, um momento em que a cidade tem outra dinâmica e durante o qual percebemos um grande fluxo de turistas circulando por Joinville.

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