Ensino Superior | 20/08/2013 02h41min
Uma das áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras (CsF), programa federal de qualificação acadêmica, a engenharia vem ganhando mais vagas no Brasil. Em 2001, foram efetuadas 192,9 mil matrículas em todo o país. No último censo escolar, de 2011, os registros subiram para 601,4 mil.
Segundo o diretor da Faculdade de Engenharia da UFRGS, Luiz Carlos da Silva Pinto, a ampliação da oferta de vagas (confira quadro abaixo) visa a atender a procura dos estudantes e prover o mercado com mais profissionais qualificados, visto que o Brasil gradua, anualmente, menos de 10% da quantidade de engenheiros formadas em outros países emergentes.
— A Engenharia Química é uma área importante para o Estado, não apenas pelo polo petroquímico, mas também pela cadeia de exploração de carvão. A Engenharia de Produção dá suporte logístico às diferentes cadeias de produção. Finalmente, a Engenharia Ambiental lida com o nosso desafio de conciliarmos desenvolvimento e preservação na exploração de recursos naturais, como a areia.
Com um dos vestibulares mais acirrados do país, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), é referência no ramo aeroespacial. Em 2014, o concurso pula de 120 para 170 vagas para civis — o instituto é vinculado à Aeronáutica. De acordo com o professor Luiz Carlos Rossato, que coordena o processo seletivo, a ideia é chegar a 240 vagas:
— São poucas as instituições que oferecem cursos de Engenharia Aeronáutica ou Aeroespacial no Brasil. Para um país continental como o nosso, o transporte aéreo é estratégico. Há cidades de porte médio que precisam de um aeroporto. Vale lembrar que a Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo.
As novas ofertas da UFRGS
Engenharia Química
Vagas novas: 20
Vagas por semestre: 60
> A Engenharia Química experimentou um grande aumento de demanda nos últimos três anos, com um incremento de 51% no número de candidatos na disputa pelo curso, sendo que, no último vestibular, atingiu o patamar de 8,8 candidatos para cada uma das cem vagas ofertadas.
> O curso inclui área de pesquisa, análise, projeção e operação de processos nos quais a matéria sofre alterações de fase, de estado físico, de conteúdo energético ou de composição.
> O engenheiro químico elabora novos métodos para a produção de produtos químicos, bem como aperfeiçoa as técnicas de extração, transformação e utilização de matérias-primas. Pode trabalhar em laboratórios e indústrias química e petroquímica, pesquisando processos de produção. É ele quem projeta e acompanha a construção, a montagem e o funcionamento de instalações e fábricas da indústria química e correlata, assim como estações de tratamento de efluentes e deposição de resíduos sólidos.
Engenharia Ambiental
Vagas novas: cinco
Vagas por semestre: 35 (apenas no primeiro)
> A Engenharia Ambiental, desde sua criação, vinha atraindo a atenção dos jovens e mantendo uma procura elevada, em torno de 11 candidatos para cada uma das 30 vagas ofertadas.
> O curso forma profissionais capazes de atuar na resolução de problemas ambientais, com base na compreensão dos processos naturais, dos processos antrópicos que modificam o ambiente e dos processos tecnológicos de controle de poluição.
> O engenheiro ambiental é capacitado a atuar como consultor e projetista autônomo ou como empregado em órgãos públicos de fiscalização, regulação ou planejamento, empresas estatais, empresas privadas de consultoria, indústrias, universidades e agências de desenvolvimento tecnológico. O currículo do curso está organizado em três núcleos: básico, profissionalizante genérico e profissionalizante específico.
Engenharia de Produção
Vagas novas: 12
Vagas por semestre: 36
> A Engenharia de Produção vem em processo de crescimento da demanda, com aumento de 42% no número de candidatos nos últimos três anos, sendo que, no vestibular 2013, foram registrados nove candidatos para cada uma das 60 vagas disponibilizadas.
> Engenharia de Produção surgiu como um complemento para a formação específica em engenharia. Com o passar do tempo, foram identificadas duas ênfases nos cursos de Engenharia de Produção.
> A primeira foca na chamada Gerência de Produção, ou seja, a complementação da formação técnica visando à ocupação de funções administrativas em fábricas. A indústria automobilística tornou-se grande empregadora de engenheiros de produção mecânica, as siderúrgicas, de engenheiros de produção metalúrgicos, as cervejarias, de engenheiros de produção química etc.
> A segunda ênfase foca na área de avaliação de investimentos. Esses profissionais são os mais indicados para a avaliação e o gerenciamento de projetos das empresas de diversos setores.
> Em pouco tempo, a demanda por profissionais de Engenharia de Produção chegou aos serviços e às instituições financeiras.
Para concorrer no ITA
> As inscrições para o vestibular do ITA ficam abertas até 15 de setembro, em www.ita.br/vestibular. A taxa de inscrição é de R$ 120. Todos os aprovados são matriculados no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) compulsoriamente no primeiro ano do curso, quando não forem aspirantes a oficial da Reserva das Forças Armadas. O CPOR tem duração de um ano letivo, e os alunos tornam-se militares remunerados, usam uniforme (quando determinado), participam de instruções e formaturas militares e se preparam para o oficialato, cumprindo o serviço militar compatível com sua aptidão técnico-profissional. A partir do segundo ano, a carreira militar é opcional.
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