A parceria entre Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Governo Estadual, para assumir a escola centenária Conselheiro Mafra, no Centro de Joinville, ainda não está oficializada. A instituição pretende primeiro fazer um estudo de viabilidade financeira antes do aperto de mãos.

A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville, no entanto, já anuncia que turmas com menos de 20 alunos, do ensino fundamental da Conselheiro, serão fechadas para o ano que vem. Os alunos deverão se matricular em outras unidades.

A SDR espera se reunir nos próximos dias com a direção geral do IFSC no Estado para confirmar a parceria. O compartilhamento do espaço, segundo a secretária de Desenvolvimento Regional, Simone Schramm, já está praticamente certo. Tanto que, como já foi anunciado, não serão feitas matrículas para novos alunos na Conselheiro.

Nesta quarta-feira, ela afirmou que as turmas que contam com menos de 20 alunos do ensino fundamental serão fechadas. A comunidade, segundo a SDR, já está sendo comunicada.

— O ensino fundamental é de competência do município e eles fazem isso muito bem. Precisamos investir no ensino médio e no ensino profissionalizante nos bairros, para qualificar a mão-de-obra jovem — enfatizou a secretária.

De acordo com o diretor geral do campus da IFSC em Joinville, Maurício Martins Taques, ainda não há nada oficializado com a Secretaria de Educação sobre a possível federalização da Conselheiro. A instituição irá montar uma comissão de trabalho para fazer um estudo de viabilidade financeira, para calcular os investimentos que seriam precisos na escola de mais de 100 anos.

Segundo o diretor, a decisão será tomada de uma forma que possa agradar a comunidade. A análise e o resultado serão divulgados ainda neste semestre, uma vez que a obra teria que entrar no Plano de Desenvolvimento Institucional dos próximos cinco anos do IFSC.

— Precisamos ver se, com o restauro e reforma, a obra é viável financeiramente ao IFSC — avaliou Taques.

Enquanto isso, o Grêmio Estudantil da Conselheiro, que realizou uma manifestação simbólica ainda na semana passada, pretende se reunir com representantes do IFSC para saber se a instituição realmente irá assumir a escola.

— Tivemos informações que a escola não será mais federalizada. Infelizmente, estamos convictos que nossa escola deve ser abandonada pelo Governo. Mas nós vamos continuar lutando — contou a presidente do Grêmio, Stefany Rebello Aguiar.