Ensino Superior | 13/08/2013 11h08min
Projetar ambientes residenciais ou mesmo grandes áreas urbanas são, provavelmente, as atividades mais rapidamente relacionadas à rotina de um arquiteto. Muitas vezes, projetos arquitetônicos se tornam um símbolo de um lugar.
— A arquitetura é uma das formas de expressão mais perenes da humanidade. A Ópera de Sydney, a Torre Eiffel, em Paris, ou mesmo o Centro Administrativo de Porto Alegre são marcas dessas cidades — afirma o arquiteto Francisco Groch, da R4Design.
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Para saber mais sobre as possibilidades profissionais na área, os vestibulandos Michelle Latorres Ribeiro, 30 anos, Guilherme Martins Meneguzzi, 17 anos, e Gabriel Buchanelli Holz, 18 anos, visitaram Groch, seu sócio Marcelo Cunha, especializados em arquitetura comercial, e Fernanda Sena, arquiteta residencial do escritório Loft.
VÍDEO: estudantes conhecem aplicações comercial e residencial da arquitetura
Área comercial
Com foco nas necessidades de empresas, a arquitetura comercial costuma trabalhar com projetos efêmeros, como estandes para participação em feiras, ou mesmo mais duradouros, como decoração de lojas, por exemplo. É comum que esses projetos sejam feitos em conjunto com a agência de publicidade que presta serviço ao cliente que contratou o arquiteto.
— Na arquitetura comercial, é preciso trabalhar com as características da empresa. Uma boa marca tem um DNA, um padrão de cores e estilos. Eventualmente, um arquiteto pode ser contratado para definir esse padrão — diz Cunha.
Residências
Trabalha com edificações residenciais e com decoração de interiores. Para projetar um prédio ou uma casa, ou ainda para alterar um ambiente derrubando uma parede, por exemplo, trabalha em parceria com um engenheiro — responsável pelos cálculos de estrutura.
— É um campo que lida com a intimidade das pessoas. O arquiteto precisa saber os gostos e a rotina dos clientes, saber quem são as pessoas que moram com o cliente, se ele costuma receber grupos grandes para jantar. Às vezes, o arquiteto pode indicar até o tipo de louça da cozinha — relata Fernanda.
Urbanismo
Carreira vinculada ao serviço público, lida com a maneira com que uma região será ocupada. O urbanista planeja a localização de praças, ruas e edificações, como escolas, hospitais e residências.
— São projetos que dependem de políticas públicas e tendem a ter um tempo de execução alto, podendo levar décadas para serem finalizados. É uma área ligada à qualidade de vida — explica Groch.
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Rotina de trabalho
O dia a dia de um arquiteto envolve, além do trabalho de desenvolvimento de projetos no escritório, bastante contato com os clientes, para conhecer bem suas necessidades. A visita a obras e a lojas de materiais de construção, móveis e decoração também faz parte do cotidiano profissional.
Na sala de aula
De acordo com os três arquitetos, o foco principal das faculdades de Arquitetura está nas edificações, com pouco destaque para a arquitetura comercial. Os alunos precisam desenvolver projetos e maquetes de prédios como museus, estádios e residências, ou ainda planejar um sistema de metrô, por exemplo.
— Na faculdade, o orçamento é infinito. Na vida real é que o arquiteto aprende a se virar com a verba que o cliente tem para executar a obra — brinca Fernanda.
ZERO HORA
Três vestibulandos foram conhecer de perto um escritório de arquitetura
Foto:
Mauro Vieira
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