Ensino Superior | 31/07/2013 11h07min
O Estado prepara uma nova investida para recuperar a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs).
Com 12 anos recém completados, a instituição resistiu a alguns abalos, como a perda de 50% dos alunos entre 2005 e 2009 e o fechamento de uma unidade em Ibirubá, no ano passado. O objetivo do Pacto pela Uergs, apresentado ontem, em Porto Alegre, é fazer com que o esforço para manter a Uergs aberta não tenha sido em vão.
Elaborado por um grupo de trabalho composto por representantes da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Scit) e da própria Uergs, o documento sugere a implantação de um campus central, em uma área da CEEE, na Capital, além da criação de polos que concentrem unidades em regiões estratégicas no Interior. O pacto também prevê aumento no orçamento para R$ 61 milhões.
De acordo com o secretário de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, a meta é transformar a Uergs em uma instituição de maior destaque acadêmico:
— A Uergs não pode ser apenas mais uma universidade. Ela precisa se firmar ao lado de outras instituições públicas, e a sociedade precisa dos resultados da Uergs com pesquisa.
Hoje, são 23 unidades espalhadas pelo Rio Grande do Sul. A implantação do campus no Centro Técnico de Aperfeiçoamento e Formação (Cetaf), da CEEE, na Avenida Bento Gonçalves, e a criação de unidades de referência no Interior não significariam o fechamento das unidades menores. A proposta prevê que cada sede tenha autonomia administrativa e visa a possibilitar a abertura de novos cursos.
— O campus central é a perspectiva concreta de um sonho. Em Porto Alegre, a reitoria, a biblioteca, o depósito e as salas de aula ficam separadas. Essa estrutura é ilógica em termos de gestão — avalia o reitor da Uergs, Fernando Guaragna.
O foco imediato é na abertura, até 2017, de cursos de pós-graduação para atender a uma demanda do Ministério da Educação (MEC). Segundo Guaragna, os quatro mestrados e dois doutorados devem ser nas áreas de Educação, Energias Renováveis e Ciências Agrárias. As propostas ainda serão apreciadas pelo Conselho Superior da Universidade (Consun), da Uergs.
A proposta
> Como seriam as novas sedes da Uergs
Campus central
O Cetaf, da CEEE, fica em um terreno de 12 hectares, na Avenida Bento Gonçalves, próximo ao Campus do Vale (UFRGS), em Porto Alegre. Depois da assinatura do protocolo de intenções, na tarde de ontem, Uergs e CEEE deverão compartilhar o uso da área. De acordo com a reitoria, a Uergs já dispõe de R$ 3,5 milhões que poderiam ser investidos no novo campus, que administraria as unidades da Capital, de Guaíba, Novo Hamburgo, Tapes e Osório.
Unidades de referência
Além do campus em Porto Alegre, seriam criadas unidades de referência em Caxias do Sul, Cruz Alta, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, bem como em uma cidade no noroeste e outra do sul do Estado (ambas ainda a serem definidas). Esses polos seriam responsáveis pelas unidades dos municípios próximos.
> Outras medidas sugeridas
Contratações: o documento recomenda a contratação de 57 professores e 40 funcionários.
Processos: uma meta é modernizar a gestão da Uergs, por meio da descentralização administrativa, otimização do corpo docente e criação de um Conselho Comunitário.
Parcerias: seguindo uma política já adotada, a Uergs faria novas parcerias com instituições de Ensino Superior, além de reforçar as já estabelecidas, evitando a criação de cursos iguais aos que as parceiras já oferecem.
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