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A Educação Precisa de Respostas  | 23/07/2013 06h31min

Como evitar que o jovem se perca nos des(caminhos) da web

Nossas especialistas comentam que, por favorecer ´o esconder´, as redes sociais podem se tornar objeto de agressão e frustração

O relacionamento virtual tornou-se cada vez mais constante na vida das pessoas. As redes sociais – principalmente o Facebook e o Twitter - criaram um ambiente que proporciona algo mais que diversão. Os mais diversos temas são debatidos em um espaço no qual não há restrição quanto a ideais, opiniões ou até mesmo vocabulário.

As pessoas se apropriam desse meio para se posicionar frente a um assunto do qual no mundo real não se ousariam fazer. Segundo a psicopedagoga Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ABPp, “as redes sociais favorecem o ‘esconder’, o indivíduo acaba tendo um comportamento agressivo ou muitas vezes mais inadequado do que teria se estivesse em um confronto pessoal e direto”.

A internet funciona como um subterfúgio.

É comum verificarmos esse tipo de comportamento, por exemplo, em pessoas tímidas. As redes facilitam seu contato e interação com outros indivíduos, contudo devem ser usadas sempre sob medida.

“Hoje temos redes de relacionamento no qual os jovens mostram um lado de sua personalidade do qual não teriam coragem, ou por serem reprimidos ou por simplesmente não terem coragem de assumir;  e ele acaba usando isso como uma válvula de experimentação - sensações -, coisas que ele na vida real não  faria”, ressalta a psicóloga Eliana de Barros Santos.

É sempre bom alertar que, em alguns casos, refugiar-se atrás de uma tela de computador pode ser uma atitude perigosa, que muitas vezes acaba por trazer a tona um lado obscuro do usuário.

“Como a questão do bullying: as pessoas passam a ter uma agressão - às vezes são questões preconceituosas - então elas usam as redes sociais para expor seu preconceito. Esse meio de comunicação virtual possibilita extravasar sua raiva, seu preconceito, de uma forma que o indivíduo acha que está protegido”, explica Quezia Bombonatto.

Esse comportamento pode ser benéfico ou não.

Sim, as redes sociais podem ser bem utilizadas para trocar conhecimentos entre colegas ou até mesmo alunos e professores – evidenciando que o meio virtual pode auxiliar nos métodos de aprendizagem também.

Mas todo o cuidado é pouco quando se percebe que as crianças e jovens podem estar utilizando a rede de forma inadequada.

 “Um aspecto a se observar é que ninguém posta coisas ruins, como, por exemplo, quando esta mal. Todo mundo coloca as coisas legais. E os adolescentes quando olham os posts podem se frustrar, pois acreditam que os colegas estão tendo uma vida mais divertida do que a deles – eles se sentem impotentes, se sentem ‘menos’, eles vêm os recortes da vida – as fotos de viagens, por exemplo - do demais, como um todo”, esclarece Quézia Bombonatto. Ela ainda ressalta que isso pode contaminar a relação com os pais – por estes não terem condições de proporcionar alguns luxos.

A tendência é que esse cenário só se acentue. “Acho que a questão precisa de vistoria da família e das escolas. Esse lado da agressão sempre existiu, as redes apenas facilitaram”, conclui a especialista.
 

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