Após denúncias indicarem boicotes ao programa Mais Médicos, o Ministério da Saúde decidiu reforçar a análise da documentação dos inscritos. Conforme o governo federal, a ideia de alguns grupos seria "gerar um alto número de inscrições formais e, posteriormente, provocar uma desistência em massa".

Profissionais que pretendem participar do programa e ocupam vagas de residência ou participam do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) terão de declarar, a partir desta sexta-feira, no ato da inscrição, estarem dispostos a desistir destes postos para aderir aos Mais Médicos.

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— O primeiro interesse que tem que ser atendido é o interesse da população, sobretudo aquela que não tem médicos perto de onde vive e trabalha. Estamos estimulando os médicos brasileiros a participar do programa, mas não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população — afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em nota.

Ao homologar a participação no programa, o médico terá de entregar declaração impressa de seu desligamento da residência médica ou do Provab, emitido pela coordenação dos programas. Quem registrar a participação e não comparecer nas atividades ou desistir nos primeiros seis meses será excluído do programa e só poderá se inscrever novamente seis meses depois. Os reincidentes ficarão impossibilitados em caráter definitivo.

As novas medidas serão comunicadas aos médicos inscritos no programa pela Ouvidoria do Ministério da Saúde por telefone ou e-mail. As inscrições para o Mais Médicos seguem abertas até 25 de julho e podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde.

 

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