Educação Básica | 10/07/2013 10h56min
O primeiro semestre letivo se aproxima do fim, mas os alunos das escolas que passam por reformas ainda vão precisar conviver um bom tempo com a situação. Na Escola Vicente Silveira, em Palhoça, que foi totalmente interditada no início do ano, mas somente dois operários trabalhavam na manhã de terça-feira.
Parte do telhado já foi trocado, e as estacas foram colocadas para a construção da nova ala que veio abaixo em 2011. Os alunos da instituição seguem estudando provisoriamente na Faculdade Municipal de Palhoça. O diretor Marco Aurélio Stopassoli viu o número de alunos diminuir depois da mudança, e convive com reclamações dos pais. Segundo ele a última documentação pendente para a obra foi entregue na segunda-feira na Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis (SDR).
— Apesar do local emprestado ter estrutura, é diferente do ambiente escolar, do bairro. Espero que agora a obra vá mais rápido para podermos voltar para a escola — comenta.
No bairro Bela Vista, também em Palhoça, a Escola Dom Jaime Câmara, que apresentava sérios problemas de infiltrações, uma reforma geral está sendo realizada. Os trabalhos começaram há cerca de dois meses, e a placa em frente a escola anuncia o prazo de 180 dias para o término.
Diretores estão otimistas
A movimentação de funcionários da empreiteira já foi maior, diz a diretora da Escola Estadual Venceslau Bueno, Maria Helena Silva. Apesar disso, a diretora está bastante otimista com a obra. A ala mais antiga da escola, primeira a ser reformada, está totalmente isolada por tapumes. Para compensar compensar a perda das salas de aula, a direção criou um um turno intermediário e consegue atender todos os alunos.
Mesma situação enfrentam os estudantes da escola Laura Lima, no Monte Verde. Após uma série de manifestações de pais, alunos e professores pedindo a reforma, ela finalmente saiu do papel. O telhado da ala mais crítica já foi substituído, e agora os operários trabalham em outra setor. O diretor Alcides acredita que a obra deve ficar pronta até o fim do ano, se tudo correr bem.
Secretaria diz que os prazos serão cumpridos
A gerente financeira da SDR Loreni Flores, disse que as obras estão devagar pois os recursos são provenientes do BNDES, e o banco libera em partes para a Secretaria Estadual de Educação, que repassa para a SDR. Segundo ela, o BNDES exige uma série de documentos, e alguns estavam pendentes.
— A tendência é que agora acelere. Os prazos de entrega serão cumpridos — diz.
Ela explica que as obras iniciaram a partir da assinatura das ordem de serviço, porém ainda faltavam alguns documentos que foram entregues, e a partir da liberação as empresas vão intensificar o número de operários e acelerar as reformas.
Confira a situação das escolas
Palhoça:
Vicente Silveira (Passa Vinte)
Valor da obra: R$ 1.927.247,62
Início: 23/04
Construtora: LG
Prazo: 300 dias
Dom Jaime Câmara ( Bela Vista)
Valor da obra: R$ 1.287.456,53 Início:
Construtora: Qualidade Construções
Prazo: 180 dias
Venceslau Bueno (Centro)
Valor da obra: R$ 1.342.243,68
Início: 30/04
Construtora: Construhab
Prazo: 300 dias
Florianópolis:
Laura Lima (Monte Verde)
Valor da obra: 1.212.561,77
Início: abril
Construtora: Centaurus
Prazo: 300 dias
Santo Amaro da Imperatriz:
Anísio Vicente de Freitas
Valor da obra: R$778.703,95
Início: Abril
Construtora: Qualidade
Prazo: 300 dias
Escola Laura Lima, do Bairro Monte Verde, começou a reforma em abril deste ano e até agora nada mudou
Foto:
Betina Humeres
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